-Precisamos ir mesmo de moto? -Questiono vendo-o me esperar montar na motocicleta.
-Lição número um, entre um carro e uma moto ele sempre vai escolher a moto porque vai criar uma aproximação necessária e obrigatória. E isso também é bom pro seu lado.
Mesmo contra minha vontade coloco o capacete e subo na moto.
-Agora se segura em mim.
O faço sentindo seus músculos por cima da camisa.
-Essa parte é importante, você precisa fingir que não se importa de estar tocando os músculos dele, e eu sei que se importa, pois suas mãos estão rígidas agora. Precisa parecer relaxada.
-Tá, mas não é todo dia que eu abraço um cara com tanquinho.
-Você vai ter tempo o suficiente pra se acostumar comigo, então quando acontecer com o Brian não vai ser algo tão novo.
Antes que eu pudesse dizer algo ele acelera a moto me fazendo apertá-lo mais forte e me repreendo ao ver o sorriso presunçoso do Riggeto pelo retrovisor. Convencido.
-Outra coisa: Coloque mais perfume estou sentindo o seu cheiro, mas precisa ser bem forte ao ponto de quando ficar sozinho eu me lembre dele.
Assinto sentindo certo receio devido a velocidade.
-Pode ir mais devagar?
-Posso, mas a velocidade faz com que você me aperte ainda mais, Brian também pensa assim.
-E como sabe disso?
-Ele é homem, então ele pensa.
Reviro meus olhos, após uns vinte minutos Josh estaciona a moto frente à um parque de diversões.
-Vem. -Diz oferecendo sua mão, pego-a.
Estranhamente de mãos dadas adentramos ao parque local. Caminhamos em direção a montanha russa e como a fila estava pequena em questão de pouco minutos estamos no primeiro carrinho subindo para a descida cruel. Quando a volta para a queda se aproximou me vi apertando o braço de Josh que me puxou para si e então a queda aconteceu.
Descemos do carrinho rindo, durante boa parte da tarde nos divertimos no parque e eu acabei perdendo a noção do tempo, apenas me toquei nisso quando estavamos na roda gigante e vi o celular.
-Precisamos ir. -Falei atraindo sua atenção que estava toda na paisagem.
-Por que?
-Tá tarde, e meu pai não gosta que eu fique muito tempo fora. -Respondo vendo-o assentir.
Depois que saímos da roda gigante caminhamos até a moto dele.
-Outra coisa: peça pra pilotar a moto, amamos vê-las pilotarem, além de que dá a chance de sentir o perfume por uma última vez. -Diz jogando a chave pra mim.
-Vai confiar sua moto à mim?
-Preciso te ensinar, certo?
Claro que não nego, monto a moto e a ligo. Josh sobe apoiando suas mãos em minha cintura.
-Essa é uma parte delicada, ele nunca deve baixar a mão ou subir demais, mas deixá-la num local seguro... Se ultrapassar limites ele não é o cara certo.
Assinto surpresa por ouvir um conselho desse vindo do Riggeto. Acelero sentindo a velocidade percorrer minhas veia, é tão libertador senti-la. Faz tanto tempo que não piloto uma que é diferente tal sensação novamente.
Durante todo o trajeto Josh permaneceu em silêncio, enquanto me concentrava no caminho. Quando avistei minha casa estacionei e ele me auxiliou a descer da moto.
-Josh?
-Hm?
-Qual foi a lição do parque? -Pergunto e vejo um sorriso surgir em seus lábios.
-Te distrair, eu sei que sua vida não é fácil, Laila. E se em algum momento eu puder ajudar ficarei feliz. -Diz subindo novamente na moto. -Tchau, Laila.
Ele se vai me deixando ali pensativa.
Adentrei em casa encontrando Sarah e meu pai sorridentes no sofá.
-Filha, temos uma noticia pra você! -Ele diz animado. -Senta aqui. -Aponta para o sofá, sento-me.
-O que aconteceu?
-Eu tô grávida. -Sarah responde com um sorriso.
-Isso é sério? -Pergunto sentindo-me imensamente feliz.
-Sim, você vai ter um irmão, ou irmã. -Meu pai diz.
-Oh, eu estou tão feliz! -Falo abraçando os dois. -Há quanto tempo sabe?
-Descobri hoje, e estava ansiosa pra sua reação.
-Eu fico muito feliz Sarah, de verdade.
-Hoje vamos sair pra comemorar! -Meu pai fala se levantando. -Vamos ao seu restaurante favorito. -Diz apontando para minha madrasta.
-Vou me arrumar. -Falo caminhando em direção ao meu quarto.
Oh, céus, terei um irmão! Sempre quis um, mas minha mãe sempre disse que não tinha tempo pra cuidar de outro filho e quando ela e meu pai se separaram achei que nunca aconteceria.
Troco-me vestindo um vestido florido soltinho, coloco um tênis e retorno a sala encontrando meu pai sentado no sofá sorrindo enquanto conta a novidade à alguém por telefone. Ele esta tão feliz, é uma emoção rara, e poucas pessoas a sentem com grande frequência. Gostaria de sentir mais vezes. Contudo, hoje em especial me sinto plenamente feliz.
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Quase Um clichê perfeito...
RomancePlágio é crime! Obra registrada. Um dia frio, um baile escolar se aproximando, um capitão do time e uma garota com problemas de confiança ... Isto te lembra algo? Ele nunca a havia notado... Até agora, provavelmente precisa de ajuda com os estudos...