Nove

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"Eu não sou amargo.É que às vezes,a vida rouba a nossa doçura"-Eu me chamo Antônio

-Aqui é tão abafado.-É a primeira coisa que comento ao pôr os pés para fora do aeroporto de Martau.

O céu está nublado e um vento frio corre,por isso tenho que fechar o casaco que estou vestindo.

-O clima de Martau é de veneta, não duvide que daqui umas horas pode sair um sol forte.-Winstein diz.-Preferem ir ao hotel ou direto para a construtora?

-Construtora,vinhemos a negócios.-Respondo segurando a mala de rodas pela alça.

-Vou pedir que alguém leve nossas malas para o hotel pelos menos.-Winstein diz.

Seguro minha bolsa menor nas mãos e espero o motorista do táxi ajudar o Winstein a pôr as malas no porta malas,em seguida nós entramos e seguimos para a construtora do Sr. Fabrício Pena.

Observo pela janela aberta os altos prédios passarem quase como vultos por nós.É uma cidade grande e agitada,muito diferente de Trevisol.Muitas pessoas andam rápido sem prestar atenção ao redor,os cafés me parecem lotados,mas ainda há poucas pessoas sentadas conversando em bancos.

-Isso é tão agitado.-Comento admirada.

-Martau tem as melhores oportunidades de emprego,é um estado populoso de altos índices, a nossa melhor escolha é construir o internato aqui.-Winstein diz.

-É tão diferente de Trevisol.-Continuo.

-Trevisol tem quase o mesmo número de habitantes que Martau,a diferença é que este estado é mais agitado e o clima é meio louco,de resto eles são iguais.-Ele continua.

Não tiro os olhos dos cenários que passam até chegar ao nosso destino,uma grande e impotente fachada de uma das melhores construtores do mundo.

-Pronta?-Winstein me pergunta.

-Sim.-Respondo,mas é como se tudo o que venho pensando para dizer desaparecesse.

Damos nossos nomes para a recepcionista e a assistente pessoal do Sr.Pena nos leva até a sala dele,que tem uma enorme janela de vidro que revela uma vista de prédios altos e se chegar mais próximo ruas movimentadas.

-Bom dia.-Uma voz desconhecida ecoa e me viro para olhar o homem de terno.

-Bom dia.-Nós três respondemos juntos.

-É bom revê-lo Robert.-O senhor diz me confundindo por um momento e só então me toco que é o primeiro nome do Winstein.

-Digo o mesmo sobre você, Fabrício.-Eles apertam as mãos.-Estas são a Sra. Roberta Malavasse e Lavine Echague,filha do nosso amigo Adriel?

-Sim.-Winstein responde e me aproximo do homem para apertar sua mão.

-É um prazer conhecê-las.-Fabrício diz.-E lamento pela perda do seu pai.

-Foi trágico.-Concordo.

-Mas é bom ver que estão firmes na busca de expandir um projeto que ele apoiou em vida.-Sr.Pena continua e indica as três cadeiras a frente da sua para nos sentarmos.

-É um benefício para pessoas específicas,não tinha como não expandir esse projeto que será útil para uma educação melhor, complementar e aprimorada.-Falo.

-Pessoas específicas?-Ele questiona.

-Sim,pessoas específicas.-Afirmo.-Assim como queremos um Estado com uma abrangência e amplitude maior,queremos determinado grupo de pessoas para ocupar seus lugares nos novos internatos.

Imperatriz em AscençãoOnde histórias criam vida. Descubra agora