Just Love - Beauany (Concluída)

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Por incrível que pareça, Any e Dytto passaram a tarde quase toda juntas e se divertiram bastante. Não tinha por que ter rancor, nem antes de tudo acontecer e nem agora.

Logo depois Dytto deixou Any no prédio em que ela iria até o psicólogo. Lá ela se encontrou com Priscila. As duas subiram em silêncio e assim que chegaram na recepção, se sentaram esperando a vez de Any.

(...) - Você não deu uma palavra desde que saímos do consultório!- Priscila diz olhando para a filha, pega sua taça e toma um gole de seu vinho.

Elas estavam jantando juntas e Priscila nem pensou na possibilidade de ter uma surpresa daquelas.

- Não estou me sentindo confortável pra falar!- Any responde e olha para trás da mãe, vendo o homem alto de terno se aproximar delas com certo receio.

Priscila encara a filha e depois olha para trás, se arrependendo logo em seguida.

- O que esse filho da puta faz aqui?- Priscila esbraveja e olha para a filha.

- Nossa, Priscila, assim você me ofende!- Luciano revira os olhos, puxa uma cadeira e se senta ao lado de Any.

- Vamos conversar! Somos todos adultos aqui, não é?!- Any diz sem expressão e mexe em seu copo com suco de maracujá. Ela realmente precisava daquele suco naquele momento.

- Você não vai se aproximar das minhas filhas e depois descartar elas como se não fossem nada, Luciano!- Priscila diz irritada e ele bufa.

- Se eu quisesse fazer algo com elas eu teria chegado na Any a dois anos atrás quando encontrei com ela no réveillon, teria me metido na vida dela e teria sumido! Se eu quisesse fazer agora já teria feito também, mas não, ao invés disso abri uma filial da minha empresa em Los Angeles por causa dela e da Belinha, mas só na sua cabeça mesmo que eu vou aprontar alguma. Se quiser pede pro seu noivo me investigar! Ele não vai achar porra nenhuma contra mim, mas é bem capaz de você inventar algo.- Luciano bufa e olha para a filha.

- Vamos parar? Eu quero conversar e não brigar! Quando eu for embora podem trocar farpas a vontade.- Any diz balançando a cabeça meio pensativa.

- Ele vai ser um péssimo exemplo pro bebê e pra sua irmã, Any! Eu não quero ele perto de vocês e fim.- Priscila se altera com os dois.

- Bebê?- Luciano pergunta confuso encarando a modelo.

- Estou grávida! Eu tenho 20 anos e posso controlar minha vida, então eu vou dar uma chance pra ele, e se eu quebrar a cara, a consequência vai ser minha. Você decide se deixa a Belinha saber que o pai está por perto, ou deixa ela viver uma fantasia e mais pra frente virar uma adolescente rebelde por que teve o pai por perto, mas a mãe nunca deixou ele se aproximar! Eu não vou forçar chamando ele de pai até eu pegar confiança, pode ser daqui a semanas, meses ou até mesmo anos e... Pelo amor de Deus! Eu não aguento mais vomitar!- Any bufa, levanta e sai correndo em direção ao banheiro.

- Você ouviu! E para de brigar pelo menos um pouco. Eu não quero deixar minha filha grávida estressada! Acho bom se acostumar, por que eu não vou embora. Você engoliu sapos a vida inteira, então me engula também, pronto!- Luciano cruza os braços a encarando.

- Eu vou mostrar pra Any a cobra cascavel que você é! O que você realmente quer, Luciano?- Priscila pergunta séria.

- O amor da Any e da Belinha! Eu quero estar lá quando o meu neto nascer, no casamento dela, formatura da faculdade, sonhos realizados. Eu não sou mais o homem de anos atrás, e eu não ligo pro que você pensa, eu ligo pro que aquela garota ali pensa de mim!- Luciano diz enfrentando ela e a mesma bufa irritada.

Depois de alguns minutos Any volta e se senta em seu lugar.

- Não estou me sentindo muito bem!- Any suspira e passa a mão na nuca.

- Vamos, eu levo você!- Luciano diz preocupado e a mesma balança a cabeça positivamente.

- Me liga se acontecer qualquer coisa, viu?!- Priscila diz desconfiada do homem em sua frente.

- Tudo bem, boa noite, mãe!- Any levanta, se despede da mãe e em seguida sai com Luciano.

- Josh está em casa? Não posso deixar você sozinha!- Luciano diz pegando a chave de seu carro.

- Acho que ele já chegou, ou então tem plantão hoje, mas tudo bem! Os pais dele estão lá em casa e o irmão dele mora com a gente.- Any sorri de lado ao lembrar do cunhado. Ele era o xodó de Any e como se fosse um irmão mais novo para ela.

- Eu queria poder jantar com você e o Josh! Queria conhecer melhor ele.- Luciano diz olhando para ela e abre a porta do carro para a mesma entrar.

- A gente pode marcar um dia que ele não esteja trabalhando!- Any responde e entra no carro.

Luciano fecha a porta, dá a volta, entra no carro, coloca o cinto e depois começa a dirigir.

- Me liga! Eu estou disponível todas as noites. Na verdade, desde que cheguei tenho passado as noites no escritório, por que meu apartamento e meio solitário!- Luciano faz careta e Any o olha.

- Eu acho que vai ter um jantar lá casa antes dos pais do Josh irem embora! Você quer ir?- Any pergunta o olhando.

- Eu não quero causar raiva na sua mãe, Any! Eu só quero conviver em paz com vocês.- Luciano suspira e balança a cabeça.

A brasileira fica em silêncio e ele também. Algum tempinho depois eles chegam no prédio em que ela mora.

- Obrigada pela carona!- Any sorri de lado e tira o cinto.

- Any, pode contar comigo pra qualquer coisa!- Luciano diz a olhando.

Any sorri, se inclina, beija a bochecha dele e em seguida sai do carro. Luciano sorri largo, acena para ela e observa a filha entrar no prédio, logo depois ele sai de lá.

Any entra no elevador, cumprimenta as duas pessoas que estavam lá dentro e em seguida espera eles irem para os seus andares, logo depois ela coloca o código e espera chegar na cobertura.

Depois de alguns segundos ela chega, pega sua chave, abre a porta e entra em casa, tendo a visão de Josh sentado no sofá assistindo algo.

- Ei!- Josh diz a olhando assim que escuta ela fechar a porta.

- Oi.- Any sorri fraco e tira os sapatos.

- Senta aqui!- Josh diz batendo no lugar ao seu lado.

Any caminha até o sofá, coloca a bolsa de lado e quando vai sentar onde ele indicou, o canadense a puxa e a faz cair em seu colo, em seguida a abraça apertado.