Capítulo 10 - Saindo de casa

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DANTE

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DANTE

— Bom dia, Dadá... — Escuto a voz de sono de Nina, seguida de toques leves em volta do meu umbigo, me arrepiando. — Hora de acordar, gostoso.

Eu sorrio sem abrir os olhos, levando minha mão à sua cabeça, deitada preguiçosamente sobre o meu peito.

— Anda, acorda, Dadá! Já está tarde... São quase 09:00. — Ela insiste, e me morde de leve perto da costela.

Arregalo os olhos no susto, erguendo o tronco. O que?! Dormi direto até as 09:00?! Porra! Inédito!

— O que foi? — Ela me encara, com os olhos castanhos surpresos. — Doeu?

— Não... Só estranhei ter dormido tanto. — Omito que não sei o que é dormir assim há muito tempo. Dormir sem os pesadelos. Não quero que ela me ache ainda mais esquisito. Caralho! Não acredito que não tive pesadelo esta noite. — E você, Nina? Dormiu bem?

— Sim. Só acordei duas vezes para checar sua temperatura, mas logo voltei a dormir.

— Não tive mais febre? — Deslizo a mão da sua cabeça para as costas macias, por dentro da camisola delicada.

— Nada de febre, campeão! Aposto que a febre era só desejo reprimido. Desejo por mim, haha!

— Depois eu que sou convencido... — Desço mais a minha mão e belisco a sua bunda. — Gostosa!

— Você pode ser convencido, Dadá delícia... Escuta, vamos nos trocar agora, e vamos até a minha casa. Não aceito "não" como resposta. Estou sem ver Gab desde ontem antes da escola. Faço o almoço, e você come com a gente. Que tal?

Nina se levanta e tira a camisola, de costas para mim. Quase me perco admirando sua bunda empinada. Levo longos segundos para conseguir lhe responder.

— O que?! Quer que eu saia de casa?! Nem fodendo.

— Por que não? O dia está lindo! E você não vai sair sozinho, vou estar junto o tempo todo. Por favor... Almoça lá com a gente. Prometo que vai gostar da sobremesa... — Ela me olha por cima do ombro. As costas nuas, os cabelos soltos, os olhos castanhos cheios de promessas. Meu pau pulsa dentro da calça. Que tentação...

 Que tentação

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