Capítulo 23 - Rio de Janeiro

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DANTE

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DANTE

Nem acredito. Dormi direto, porra! Mais uma vez o efeito Nina funcionou... Nada de pesadelos.

Nina. Minha namorada! Que neste momento está abraçada comigo, com um braço e uma perna sobre o meu corpo. Sua pele quente e macia me aquece a alma.

Noto no relógio do criado-mudo que são quase 10:00. Hora de acordar. Passo a mão por seus cabelos macios bagunçados que estão espalhados pelo meu peito, fazendo-a se mexer preguiçosamente.

— Acorda, namorada... — "Namorada". Sussurro, sem evitar um sorriso. Babaca apaixonado. — Já são quase 10:00...

— Nossa! — Ela dá um pulo, se sentando na cama. Parece que o susto já a deixou desperta. — Não queria ter dormido até tão tarde, hoje tenho tantas coisas a resolver...

— Agenda cheia nesta quinta-feira?

— É... — Nina responde, me observando pensativa. — Dadá... Há quanto tempo você não vai para o Rio?

— Nunca mais fui. Por que? — Lá vem merda.

— Então... — Ela começa, receosa. — Não surta! O negócio é o seguinte...

— Fala logo. — Peço. Já pressinto que vou me foder.

— O pai do PH sofreu um infarto nesta madrugada e morreu. Por consideração à minha ex sogra irei ao velório, hoje à tarde, no Rio. Pensei em você viajar comigo, assim levamos Gab também e estendemos até domingo! O que acha?

— Que porra...? Você quer que eu vá com você no velório do pai do seu ex marido perseguidor?

— No velório, não. Na viagem! Você pode esperar no hotel com Gab enquanto dou um pulo no cemitério. Depois a gente passeia, janta fora, essas coisas. Vamos unir o útil ao agradável. — Ela me sorri, com o rosto ainda amassado. Linda.

— Hum... — Não sei o que dizer. Praticamente não saí de casa nestes últimos anos, e ela já quer que eu viaje? Ainda mais para o Rio?

— Vamos, Dadá delícia... Gab pode ficar com a minha mãe para fazermos passeios românticos também... Ela mora na Barra. E seus pais? São vivos? Onde moram? — Nina deita em cima de mim, com a cabeça de lado no meu peito, me observando.

— São. Moram no Rio também. No Botafogo.

— Vocês se dão bem? Há quanto tempo não se encontram? — Ela caminha com as pontas dos dedos pela linha da minha clavícula, me arrepiando.

— Eles vieram me visitar há uns meses... Não somos mais tão próximos, depois de tudo, mas nós damos bem dentro do possível.

— Então! Aproveita que domingo é Dia dos Pais e visita o seu pai, Dadá! — Ela me dá um sorriso bonito.

— Posso pensar por algum tempo? — Pergunto, inseguro. Ainda não estou convencido de que é uma boa ideia.

— Cinco minutos, gostoso. Preciso fazer as reservas do avião, e sair daqui no máximo 11:30. Antes de dormir vi que ainda tinha bastante lugar nos voos das 14:00 e das 14:30. A viagem dura uns 40 minutos, dá tempo de sobra para eu passar no velório, previsto para durar até as 18:00. — Nina se levanta da cama e, antes de entrar no banheiro, se vira para me ouvir falar.

Reflexo Quebrado [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora