Capítulo 17 - Castelo de areia

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MARINA

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MARINA

Dante se aproxima do banheiro lentamente, na cadeira de rodas, e percebo que está tenso.

O banho não será de banheira, porque a única da casa fica lá em cima, na minha suíte. E é impossível para ele subir os degraus da escada.

Neste banheiro do andar de baixo há apenas chuveiro. Já coloquei dentro do box uma cadeira de plástico para o banho. O desafio será passar Dante de uma cadeira para a outra. Da cadeira de rodas para a cadeira de banho, ida e volta. Suspiro fundo, apreensiva.

Meu corpo ainda está sensível. Estou amortecida do sexo que finalmente aconteceu. Meu Deus... O que foi aquilo? Não consigo traduzir em palavras.

Foi diferente, sim. Como Dante não mexe os quadris, os movimentos de penetração ficaram a meu cargo. Sentei em cima dele e me deixei levar pelas sensações arrebatadoras. Nunca imaginei que dar prazer, a mim mesma e a ele, desta maneira, pudesse ser tão sensacional.

Quando me vi preenchida por seu membro rígido, me tocando profundamente por dentro, me esticando, senti meu corpo todo acordar e se acender, em um tesão fora do comum, culminando em um orgasmo explosivo.

Sei que o fato de estar apaixonada intensifica tudo. Mas não é só isso. A nossa química é uma coisa tão rara que chega a ser preciosa. É pele, é energia, é desejo. Tem pessoas que passam a vida e não experimentam uma fração disso.

Sabe aquela cena clichê dos livros, em que as pessoas se arrepiam apenas porque encostam as mãos? É exatamente assim que me sinto com Dante. Seus toques me abalam, seus beijos me desestruturam, seu cheiro me inebria. De perder o fôlego.

— Nina... Pronta? — Ele me sorri nervoso ao entrar no banheiro, parece meio constrangido.

— Já nasci pronta, baby! — Brinco para tentar descontrair. — O que devo fazer? Só me dá as instruções.

— Primeiro vou parar a cadeira de rodas em frente ao box, e você posiciona a cadeira de banho na lateral dela, já do lado de dentro, embaixo do chuveiro.

— Certo. — Assinto com a cabeça e faço o que me pediu.

— Agora me ajuda a abaixar as laterais da cadeira de rodas, assim... — Dante fala, já mexendo nas barras laterais que servem de apoio de braço. Me agacho e o ajudo.

— Nina... O ideal seria uma prancha de transferência, uma tábua de madeira, para eu me arrastar de uma cadeira para a outra. Mas como não temos uma, você acha que consegue me servir de apoio?

— Claro, Dadá. — Mostro meus muques, rindo. — Levanto o maior peso nas aulas que fazia de BodyPump.

— Sei. — Ele sorri de lado. A luz branca do banheiro faz seus olhos verdes brilharem ainda mais. — Só que não preciso desses seus braços magrelos... Vou enganchar o meu braço nos seus ombros, para me apoiar enquanto passo para a cadeira de banho. Vai ser rápido. Preparada?

Reflexo Quebrado [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora