-Kim Jongin On-
"Pois crie!" aquela frase voltava a minha mente o tempo todo e junto dela, um sorriso enorme no rosto. Eu tinha conversado com minha irmã mais velha sobre o Soo e ela tinha me aconselhado a ser um pouco frio com ele. Não foi tão difícil, porque eu estava com vergonha de ter me confessado, porém, não achei que fosse ser efetivo o conselho dela.
Ela tinha dito que o Soo parecia gostar de mim e não ter se dado conta disso. Eu fiquei feliz, mas meu pessimismo me colocou no chão e ela insistiu que eu deveria seguir com a voz da experiência, porque assim eu descobriria se era eu ou ela que estava certo.
Claro que eu ainda não tinha certeza se ela estava certa, porque o Soo poderia ter me beijado apenas por conta de uma atração física, mas eu ainda sentia uma pequena esperança. Esperança essa que se tornou grande após receber ordens, dele mesmo, para criá-la.
Andamos um longo percurso até o mercado e por mais que eu me sentisse incomodado, por estar morrendo de fome, eu estava feliz de ficar olhando o Soo. Naquelas roupas largas, ele se encontrava tão fofo que eu tinha vontade de colocá-lo em um potinho. Se meus amigos ouvissem isso, iriam reclamar que eu estava molenga demais.
Chegamos ao mercado e Soo seguia bastante concentrado em buscar os alimentos. Eu estava feliz por ele estar se esforçando tanto só para cozinhar para mim. Fiquei pensando se seria uma boa me aproximar dele, afinal, já tinha passado um pouco do constrangimento do beijo e eu realmente queria saber se podia criar esperanças ou não.
-Soo? - chamei e o mesmo parou. Ele estava de costas para mim e segurando o carrinho de compras. - Eu... Eu posso mesmo criar esperanças? - indaguei e pude perceber que ele travou. - Eu sei que corre o risco de nós casarmos, afinal, estou lutando bastante pra conseguir ser o presidente, só que o casamento não é o mesmo que dizer que você iria gostar de mim e...
-Jongin. - ele me cortou, virando para mim. - Você gosta de mim? - questionou sério e eu travei.
-G-g-gosto. - gaguejei. Eu já tinha me confessado mesmo, adiantava nada ficar escondendo. O problema era a vergonha que eu sentia.
-Então, poderia me tirar uma dúvida? - ele pediu e eu concordei, me sentindo inseguro. - Me descreva os sentimentos.
-Como?
-Me descreva o que você sente. O que é gostar. - ele insistiu e eu senti meu rosto ruborizar, mas resolvi que era melhor responder do que ficar questionando. Desde criança, o Soo sempre fora muito curioso sobre tudo.
-Hã... Como descrever essas coisas? - murmurei um pouco sem graça. Acabei brincando com meus dedos para pensar. - Bom... Eu gosto de você e isso me faz querer saber como você está, se está feliz ou triste, se já comeu, se está fazendo o que gosta, quero ficar ao seu lado, me preocupo, sinto ciúmes, atração... - deixei minha frase morrer. Aquilo era constrangedor demais, meu Deus! Eu estava me tornando completamente cristalino confessando aquilo tudo. Não consegui encará-lo mais.
-Exatamente esse é o problema. - ele resmungou e eu ergui o rosto, sentindo meu coração acelerar mais do que já estava. - Tudo o que você descreveu, eu sinto por você, meus amigos e meus pais. Não entendo o que difere o gostar do gostar romanticamente. É igual o amor, eu não sei como diferenciar o amor romântico dos outros. Eu sinto tudo isso, então significa que eu gosto romanticamente de todos? Claro que não! Eu não consigo entender o que separa esses sentimentos tão sinônimos um do outro e... - não o deixei terminar, apenas o puxei para um abraço. - O-o que está fazendo?
-Desde criança, você sempre pensou demais. - respondi e ele tentou se soltar, mas eu não podia deixar. Agi por impulso e agora estava com vergonha. - Tudo o que você disse, faz total sentido.
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School XOXO
Fanfiction12 garotos são a base. Uns podendo ser a base até mesmo do país e outros apenas da escola. Separados pelo Time Vermelho x Time Azul, cada um tem seu grupinho. Essa é a divisão em que se encontra os alunos da School XOXO. Mas as coisas vão além de Ti...