School XOXO

Pais, avós e uma nova família?

-Kim Jongin On-

Era final de semana e eu estava jogado no chão do meu quarto, enquanto me divertia com o video-game.

Era estranho jogar sozinho, já que Timoteo sempre me acompanhava, porém, era melhor assim. Eu ainda estava profundamente magoado e confuso. Mesmo não querendo, me afastei bastante do meu melhor amigo.

Acabei rindo. Era irônico pensar em Timoteo como melhor amigo, uma vez que ele tinha me traído. Ele podia gostar realmente de mim, mas eu nunca lhe dei esperanças ou brinquei com seus sentimentos, como ele fez ao mentir sobre a resposta que o Soo o tinha dado.

Mas mesmo estando profundamente magoado, eu não conseguia simplesmente confrontá-lo ou parar de falar com ele. Timoteo estava comigo desde que nasci. Fomos criados juntos e mesmo que ele não tenha se aproximado de mim por querer ser meu amigo, mas sim pela situação em que nos encontrávamos, eu ainda o considerava bastante.

-Sr. Kim? - ouvi a voz feminina que tanto tinha cuidado de mim.

-Pode entrar! - gritei, pois ela tinha batido na porta e não a aberto.

-Seu pai está te chamando pra jantar. - ela avisou ao entrar no quarto. - É tão estranho ver o meu filho e você longe um do outro. Aconteceu alguma coisa?

-Não, a gente só não está com muito assunto. - desconversei. - E o que eu disse? Me chame de Jongin! A senhora é quase minha mãe!

-Mas eu sou apenas sua babá, querido. Você é o futuro presidente e...

-Aish, me chame de Jongin, poxa! - a adverti, fazendo birra, e ela riu.

-Ok, menino Jongin, apresse-se pra ir jantar. - ela mandou e colocou as mãos na cintura. - Seu pai está com duas visitas e quer que você os veja.

-Poxa... Logo sábado? - resmunguei e ela riu, enquanto me arrastava para fora do quarto. Eu estava apresentável - calça jeans e moletom -, então nem me importei em trocar de roupa para receber visita. Fui até a sala de estar e encontrei meu pai sentado em sua cadeira, com minha mãe ao seu lado e os desconhecidos de costas.

-Boa noite. - saudei e fui até minha mãe. Deixei um beijo em sua testa e virei para sentar ao seu lado.

Quando me deparei com um dos convidados, congelei.

-Filho, este é o senhor Do HyungSoo e seu filho Do KyungSoo. - meu pai apresentou e eu sentei, tentando entender o que Kyungsoo fazia na minha casa.

-É um prazer conhecê-lo. - o senhor Do me cumprimentou e eu apenas sorri, mesmo que de maneira muito forçada. - Soube que meu filho e você são da mesma sala.

-Eles são amiguinhos. - minha mãe o interrompeu. - Kyungsoo costumava vir nas festinhas de aniversário do Jongin.

-Oh! É mesmo? - os alfas mais velhos indagaram surpresos. Kyungsoo e eu fizemos apenas um breve concordar automático. Eu estava surpreso, mas o Do não.

-Isso é bom, então. - meu pai comentou e um sentido de alerta soou em minha mente.

-Por que seria bom, senhor presidente? - Kyungsoo perguntou. Sua voz calma e grave, demonstrando a sua sutil curiosidade.

-Nosso encontro de hoje tem como propósito contar uma descoberta feita. - meu pai anunciou e dois empregados surgiram, entregando um envelope a mim e outro a Kyungsoo.

Eu não gostava de receber envelopes. Eles sempre costumavam conter papéis que mudavam vidas.

Mesmo muito contrariado e receoso, abri o meu e ouvi Kyungsoo abrir o dele também. Vi que era um contrato e logo gelei.