Ligação estrangeira

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   -Kris On-

Acordei com vontade de ver o Taozi. Ele tinha dito que precisaria ir para o interior com o Suho, então não poderíamos nos ver esse final de semana. Eu estava chateado, porque tínhamos nos acertado há 3 dias e eu pretendia ficar um bom tempo abraçado ao meu panda, enquanto a gente assistia TV.

Fora que me preocupava muito toda essa ligação dos pais dele e o possível casamento com o Luhan. Eu ainda não tinha como marcar Tao e isso era desesperador. Se ao menos eu fosse ômega e ele alfa, poderia me marcar - mas para isso teria que ser classificado de um jeito ou de outro. A vida parecia conspirar contra a gente.

Suspirei com pesar e resolvi tentar fazer alguma coisa para comer. Eu tinha acordado tarde e daqui a pouco Kai e Chanyeol apareceriam aqui, para poder me apresentar ao meu trabalho. Eu seria segurança um dos seguranças do shopping. Isso seria maravilhoso, afinal, eu ganharia bem só para impor minha presença.

Lembro-me como se fosse ontem quando o pai do Kai me ensinou a controlar meu lúpus. No meu país de nascença, meu pai nunca reprimiu nada e deixava seu poder bem gritante, então era natural deixar que minha presença fosse explícita. Mas na Coréia do Sul não era bem assim.

Não é que eu iria deixar minha natureza de lado, apenas diminuía a intensidade dela para não amedrontar ninguém. Era um trabalho de muito auto-controle, que eu consegui dominar após 3 meses. Ser lúpus era fazer-se ser reconhecido até por indeterminados, tamanha era a força da nossa raça.

Luhan, quando veio parar aqui na Coréia, aprendeu a controlar-se também. Muitas pessoas até nem sabiam que éramos lúpus e de certa forma isso era bom. Eu, finalmente, era tratado como apenas uma pessoa e não um rei.

Devido a isso, eu conseguia entender bem o Kai. Mesmo que ele reprimisse sua imposição lúpus, todos sabiam quem ele era e por isso ele nunca seria mais um. Era o mesmo com o Xiumin, mas com ele as coisas chegavam a ser menos intensas, porque não era o pai dele sentado na cadeira da presidência.

A campainha tocou e eu soube que os garotos tinham chegado. Caminhei até a porta e a abri, encontrando ambos sorridentes.

-Credo, Kris! Vai colocar uma roupa e vamos logo! - Kai resmungou enquanto adentrava meu lar.

-Eu ainda não almocei. Estou...

-Kai vai pagar. Ele disse que é por conta dele. - Chanyeol me interrompeu e sorria largo. - Troca de roupa, cara!

-Por que vocês estão tão animados? Aconteceu alguma coisa boa? - perguntei curioso.

-Eu dormi na casa do Soo ante-ontem. - o moreno respondeu e parecia ter algo mais, porém, nem perguntei.

-E o Park? - indaguei.

-Baekkie aceitou sair comigo. Ele já tinha me perdoado por ter usado meu tom alfa, mas decretou que éramos apenas amigos. - contou, ainda sorrindo. - Então eu praticamente implorei pra ele sair comigo e me deixar conquistá-lo.

-Sua chatura precisa servir de algo né? - Kai brincou e Chanyeol fez bico, mas depois riu.

Deixei que os dois se acomodassem e fui me trocar. Claro que demorei, afinal, precisava fazer minha higiene matinal. Depois de quase uma hora me esperando, fiquei pronto e encontrei os mais novos me xingando de tudo que era nome, porque eles estavam morrendo de fome.

Saímos da minha casa e eu vi que o carro era da família do Chanyeol. Achei aquilo estranho e até comentei, mas Kai disse que todos os seus empregados estavam de folga naquele final de semana. Para muitos, poderia parecer mentira, mas eu conhecia a família Kim e sabia que era verdade. Eles tratavam os empregados com carinho.

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