O quão sincero é meu sentimento?

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   -Do Kyungsoo On-

Faltavam 5 minutos para o sinal de liberdade tocar. Eu não aguentava mais ficar na escola, principalmente porque eu achava que Jongin queria me falar algo, mas todos achavam de interromper. O dia estava cheio.

Enquanto eu esperava o sinal tocar, fiquei olhando Timoteo de soslaio. Eu ainda não entendia o que ele tinha ido falar com Jongin na hora do almoço, mas isso me incomodava profundamente. Fiquei remoendo o que ele me disse no shopping e me questionando se ele ainda tinha em mente em tentar subir na vida usando o Jongin.

Eu sinceramente esperava que não, porque se dependesse de mim, ele iria era para o fundo do poço se tentasse algo.

O sinal finalmente tocou e eu dei um pulo na cadeira. Ouvi Sehun e Tao comemorarem baixinho, o que me fez rir. Levantei da cadeira, jogando a alça da mochila nas costas e Jongin se colocou na minha frente, me chamando para irmos juntos. Sorri para ele, mas meu sorriso morreu quando ele falou com Timoteo que se veriam no jantar.

Eu realmente fiquei irritado com isso e de quebra, com muita fome. Não falei nada, apenas desviei de Jongin e comecei a andar para longe dos dois Kim. Pude ouvir o mais novo correndo atrás de mim, mas não quis parar.

-Soo! Ei, Soo! - ele gritava e então senti sua mão segurando meu ombro. - Ei, o que houve?

-Nada. - respondi seco e tentei voltar a andar, mas Jongin me barrou de novo.

-Aconteceu alguma coisa sim. O que te deixou irritado? Fiz algo? - ele indagou e olhar sua expressão foi meu erro. Jongin parecia um filhote de cachorro que caiu do caminhão de mudança.

-O que você e o Timoteo conversaram no intervalo? - retornei com uma pergunta.

-Ele queria me dizer que desistiu de mim. Jogou a bandeira branca. - respondeu, parecendo um pouco confuso. - Não entendi sua pergunta.

-Eu que não entendo o Timoteo. Primeiro ele deixa bem claro pra mim que vai te usar pra subir na vida, depois ele vem dizendo que jogou a bandeira branca? Eu não consigo acreditar nisso, mas pela sua cara, você sim. - bufei irritado. Jongin era muito bocó.

-Ei, o Timoteo tava sendo sincero! - ele se defendeu e eu dei de ombros. Ia ficar discutindo sobre isso não.

- Soo...

-Ai, cala a boca, Jongin. Vamos comer alguma coisa, estou morrendo de fome. - declarei e ele riu.

-Não consegue aguentar até chegar em casa e jantar? - perguntou, enquanto voltávamos a caminhar pelos corredores cheios de alunos querendo fugir da prisão.

-Pra quê a pressa? Quer ir pra casa e jantar com o Timoteo? Pode ir, eu como alguma coisa sozinho. Não nascemos grudados. - retruquei e apressei o meu andar, para ficar mais na frente. Claro que isso foi só por alguns segundos, porque Jongin logo me alcançou.

-Ei, o que houve com você hoje? Chamou minha atenção o dia todo! - ele pareceu brevemente irritado, mas eu fiquei calado. Já estávamos quase no portão de saída do Colégio. - Soo... Você está com ciúmes? - ele perguntou e eu o olhei incrédulo. Fiquei ainda mais desacreditado quando vi seu sorriso convencido.

-Pra estar com ciúmes, eu precisaria gostar de você! - respondi e arregalei meus olhos. Céus, o que estava acontecendo comigo? Eu peguei pesado! - Quer dizer...

-Mas você gosta. Não pense que esqueci dos meus 30%! - ele disse de forma descontraída e aquilo me fez ficar pior ainda.

-Jongin... Desculpa, eu...

-Você quer comer o quê? Quer ir na lanchonete de novo ou quer ir em um restaurante? - ele me interrompeu e pegou na minha mão, me arrastando para longe dos portões.

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