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Acordei no outro dia sentindo a cama vazia, abri os olhos um pouco confusa pela claridade e me dei conta que a Bru não estava ao meu lado. Me levantei apavorada, olhei no banheiro, no closet, de baixo da cama olhei até atras da cortina e nada. Liguei pra ela e o celular caiu direto na caixa postal, coloquei uma roupa peguei a chave do carro e quando ia saindo esbarrei com a minha barbie.

—Perdão Bru! — Eu falei olhando ela pelo corpo todo ela tinha um sorriso calmo nos lábios porém um olhar preocupado. Podia jurar que lá no fundo ela estava rindo do meu desespero
—Ludmilla você está pálida mulher.— Ela se soltou de mim e entrou no quarto. Ela passou pro closet e voltei a acompanhando.
Brunna saiu com uma mochila que eu acredito conter algumas peças de roupas.
—Aonde vamos?— Eu perguntei agindo com naturalidade
—Vou passar uns dias na minha mãe! — Ela disse simples levantando os ombros.
—Você não vai Brunna! — Eu disse convicta
—Ludmilla, eu não vou ficar aqui estou chateada de verdade com você, defensora das pobres vacas indefesas. Vou pra casa!
—Aqui é sua casa! — rebati rapidamente
—Você acha que eu estou errada de querer espaço depois de você me acusar de algo que eu não fiz e defender aquela kenga do agreste!?
—Brunna eu só fiquei com dó dela!
—Foda-se! — Ela disse direta — Ja que você está com do dorme com ela Ludmilla.
Eu vi que a Brunna queria chorar e isso estava acabando com meu coração. Eu só não sabia o que fazer a gabi era uma ex legal, éramos amigas poxa que mal tinha em defender uma amiga. Brunna passou por mim me tirando dos meus pensamentos.
—Não vai! — Eu disse tentando disfarçar minha frustração.
—Quando você entender e me provar que eu sou sua melhor amiga e companheira eu volto com o maior prazer, mas enquanto você não fizer isso eu vou ficar longe. — Ela saiu e uma lágrima solitária escorreu pelo meu rosto eu estava puta da vida e não entendia o porque dela estar dessa forma.

[...]

Brunna

Eu não dormia a uns dois dias que foi quando eu vim pra casa, pensei diversas vezes em ligar mandar mensagem mas, eu estava certa. Ludmilla deveria se desculpar ou pelo entender o meu lado. Eu via os storys e sabia o quão abatida ela estava, Marcos e Renatinho me mantinham informada sobre ela o tempo todo. Vez ou outra me falavam que o humor dela estava péssimo que eu precisava voltar pra la logo, me disseram que ela tinha chorado a noite passada toda e meu coração ja estava fraquejando.
Eu não estava muito diferente, só sai do quarto pra ir dar bom dia aos meus pais e mal estava comendo, tudo me enjoava. Mia estava diferente mais compreensiva e me disse varias vezes que eu deveria relevar. Mas como relevar algo que me feriu tanto e ela nem ao menos se deu ao trabalho de me defender.

[...]

Ludmilla

Eu estou a dois dias sonhando com a Brunna eu nunca amei ninguém assim, eu não tenho bom humor nem vontade de fazer nada.

—Cerveja?
—Não quero marcos!
—Ludmilla você só dorme a dois dias você nunca foi assim!
—Quero a brunna marcos! — eu disse voltando a me deitar de costas pra ele.
—Então se desculpa! — ele disse simples
—Ela não aceita! — eu disse secando as lágrimas. Eu morro de amores e saudade a voz dela me faz falta o jeitinho que ela ria de todas as minha ideais mirabolantes, tudo ela me apoiava e estava comigo ela voava comigo, que saudade da minha Bru. Ela não postava um Storys eu não aguentava mais.
Minha mãe entrou no quarto com cara de poucos amigos, poucos não quase nenhum ela estava acompanhada de Gabi.
—Oi miga, Mãe? — eu disse observando as dias junto com marcos que não assim como reação nenhuma.
—Vai garota desembucha! — Minha mãe disse empurrando Gabi pelo ombro que me olhava com cara de piedade.
—Tudo que eu disse, foi porque eu te amo mais que tudo Ludmilla! — Eu ainda não estava entendendo nada.
—O que você fez Gabriele? — Eu perguntei séria me levantando.
—Eu não consigo dizer! — Ela disse com medo
— Você consegue sim garota anda! — minha mãe disse e eu continuava a encarar
—A Brunna nunca me fez nenhum tipo de ameaça, na verdade eu a ameacei por ela ser uma interessa.
Em 24 anos eu nunca admiti estar errada, porém neste exato momento tudo que eu sentia era raiva de mim.
—Mas você me ligou dizendo que ela tinha ameaçado você por puro ciúmes, que ela me diria o contrário mas era pra eu confiar em você!— eu falei indignada a pegando pelo braço vi marcos se aproximando lentamente.
—Ela é só mais uma vaga— e pronto o que eu mais temia aconteceu eu sai de mim e sentei a mão na cara dessa desnaturada.
—VOCÊ TA MALUCA? VOCÊ IA ME DESTRUIR POR CAPRICHO. NÃO ME CHAME DE AMIGA NEM OUSE DIZER QUE SOU SUA EX — Eu disse enquanto a puxava pelo cabelo até a sala da minha casa — NUNCA MAIS PISE AQUI OU ME DIRIJA A PALAVRA
—LUDMILLA EU TE AMO ME ESCUTA!
Ela suplicou e eu a joguei pra longe de mim. Marcos e minha mãe riam
— Eu não quero ouvir mais uma palavra sua, você me rendeu problemas demais com a mulher que eu amo!
Ela agora chorava quando ela começou a se bater, gente o surto da Carminha vem. Ela se batia se arranhava puxava o cabelo e se dava bufetas. Olhei pra marcos e pra minha mãe e os dois tinham os celulares pra gravar porém ela não conseguia ver.
—OU VOCÊ FICA COMIGO OU EU VOU FALAR PRA TODO MUNDO QUE VOCÊ ME ESPANCOU LUDMILLA!
Eu a olhava com nojo, eu nunca achei que pensaria isso de alguém que eu ja gostei e tive relações intimas mais eu estava com nojo e arrependida. eu fui até a mesma a pegando pelos cabelos.
—CHEGA VOCÊ VAI EMBORA AGORA!
—ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM!
—TENTA A SORTE!— a joguei porta a fora fechando a mesma, assim que a porta se fechou senti tudo ficando escuro e uma forte dor na minha coluna surgiu.

True (EM REVISÃO) Onde histórias criam vida. Descubra agora