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Brunna

A preocupação me deixava aflita o médico ja havia refeito meus pontos, e estava segundo ele tudo bem comigo, porém minha cicatrização voltaria do início pra aquela parte. Mas ele me indiciou também umas climas de estética que me ajudariam a reduzir as cicatrizes. Mas a minha verdadeira preocupação era a Ludmilla, aquelas malucas haviam pegado a minha namorada e levado pra sabe Deus onde, pra fazer sabe Deus o que. Me levantei no quarto do hospital e liguei a tv no jornal local.

"A cantora Ludmilla foi encontrada hoje em uma das avenidas da linha vermelha do rio de janeiro, ela revelou ter sido libertada por Gabrielle e sua mãe"

Alivio, eu estava aliviada eu peguei meu celular e vi essa mensagem em todos os lugares liguei pra Luane, Marcos, Tia Sil, Renatinho e outros tantos amigos da Ludmilla mas, ninguém atendia eu voltei a ficar desesperada pois queria meu amor. Me sentia aliviada por saber que ela estava bem.

—Ta me procurando? — Eu ouvi sua voz e abri o maior sorriso que poderia, a mesma caminhou até mim e me abraçou, parecia qe ela havia acabado de tomar banho mas eu amava seu cheiro. Me afastei um pouco do abraço ficando de frente a ela, olhando seus olhos.
—Agora sim estamos livres bru, tenho tanto pra te contar! — Eu concordei dando um selinho nela — Mas antes quero que você conheça alguém.

Ela se afastou e eu fiquei confusa, ela saiu e voltou com um menino que tinha quase sua altura, seus olhos eram cor de mel, ele era pardo como eu, tinha os olhos parecidos com a Lud, era como se fosse uma junção de mim e dela.  Eu sorri.

—Foiça! — estranhei pelo apelido — Essa minha futura mulher a Brunna. — Ele tinha um olhar desconfiado e parou no começo da sala.

—Prazer foiça, você é amigo da Lud!? — Ele não me respondeu e voltei meu olhar pra ela. Que tinha um sorriso de quem estava aprontando alguma coisa.

—Eu vou adotar ele! — Ela disse naturalmente e eu abri a boca em choque, quando eu conheci a Ludmilla imaginei que ela tivesse parafusos a menos mas adotar um rapaz
—Amor ele ja e adulto! — eu disse e o mesmo sorriu acho que pela primeira vez e o sorriso dele era parecido com o meu.
—Eu falei pra você dona Ludmilla, eu sou adulto! — Lud riu e revirou os olhos e voltou seu olhar novamente pra mim
—Conta pra ela Foiça, quantos anos você tem?
—13
Acho qe minha cara de espanto não cabia em mim, olhei pra ela novamente e não era assim do nada pa, ela adotou o menino sem nem conversar comigo. Voltei meu olhar novamente para o foiça e aliás ele não tem nome?
—Qual seu nome? — eu perguntei ainda um pouco indignada
—Eu não tenho nome não senhora — o olhar dele murchou — Eu nasci no morro, dona Iolanda me criou até o ano passado — eu ja sentia as lágrimas escorrendo e a ludmilla sorria — mas ela faleceu, então o cabeça me mandou segurar um fuzil mas eu nunca usei! — ele disse simples agora realmente parecendo um menino.

Caminhei até o mesmo chorando e dei um beijo na testa dele.

—Vamos te dar um nome então, mas você pode aguardar la fora enquanto eu converso com a Ludmilla!? — o mesmo concordou saindo.

Eu me virei e a mesma sorria.

—Porque? — perguntei tentando entender como em 48 horas ela saiu de casa sequestrada e voltou com um filho.

—Ele salvou minha vida bru, e depois quando eu olhei pra ele, ele é como se fosse nossa eu me vejo nele eu vejo você. Ele é meu Bru vou entender se você não quiser mas ele é meu!

Senti a convicção nas suas palavras e aquilo pra mim era o bastante dei um selinho na mesma, fui até a porta do quarto e foiça estava parado em pé como se fosse um soldado em frente a porta.

—Ei! — chamei a atenção dele — pode entrar!

Ele então entrou no quarto indiquei o sofá pra que ele se sentasse e parei de frente pra ele.

—Eu sou a Brunna, prazer! — Estiquei meu braço e o mesmo me cumprimentou me olhando assustado — Como você quer ser chamado?

Perguntei e ele pareceu pensar por um tempo, depois deu de ombros como se não soubesse, mas então um brilho diferente cruzou seus olhos.

—Ramon! — ele falou por fim com um sorriso genuíno e eu ja sentia as lágrimas ardendo em meu olhos.

—Ramon, então vamos ao cartório assim que sairmos daqui eu, você é Ludmilla registrar seu nome e te fazer certidão e documentos. Agora você tem nome e sobrenome meu filho. — Sentia a lágrima escorrer e com ele não era diferente. — Agora seu Nome é Ramon Gonçalves Oliveira! — Olhei pra ludmilla que também tinha lagrimas nos olhos, fui até ela a abraçando — E nós somos suas mamães. Você é meu agora!

Eu disse e ele se levantou nos abraçamos e ficamos conversando ali enquanto o médico não vinha me dar alta. Ludmilla queria que o Ramon jogasse bola, basquete, ja estava marcando com uma professora particular bilingue pra ele falar inglês e português, eu olhava toda a empolgação dela e ria enquanto Ramon parecia em choque.

—Amor para de assustar o garoto! — eu disse e a mesma riu —Você pode fazer o que quiser Ramon, até estudar com varias outras crianças da sua idade.

Ele riu concordando e depois voltou o olhar dele pra mim.

— Eu não vou na escola desde o ano passado e acho que um monte de mauricinho não vai querer estudar com um favelado!

—Meu filho ia arrazar o coração de todas Bru, mas como eu não quero ser avó! — ela disse e pareceu se lembrar de algo que a fez ficar tensa. —Ramon.

—Ela chamou a atenção do mesmo que estava alheio olhando a tv.
—Senhora! — ele disse e ela revirou olhos pela vigésima vez.
— Pare de me chamar de senhora, quando estávamos no morro, você disse que estava ouvindo coisas que deveria parar de usar tanto po! — Eu olhei em choque a conversa e vi o mesmo ficar sem graça. — isso vai acabou quando saímos de la.

Ele concordou

—Eu usava uma quantidade considerável mais era pra suportar a dor de não ter ninguém no mundo, estou vendo o quanto vocês duas estão fazendo por mim então eu vou parar!

Eu concordei e Ludmilla também

—Mas de qualquer forma ramon, vamos te passar com um psicólogo e até mesmo tratar as crises de abstinência que viram okay? — Eu disse querendo o melhor.

Eu não podia julgar, ele estava perdido e sozinho e muitas pessoas se encontram nas drogas mas agora ele era um garoto com duas mães abençoado, Ramon era nosso filho e merecia o melhor.

[...]

Dois meses Depois

A Adoção do Ramon e o Lançamento do hello mundo tinham sido um sucesso eu e Ludmilla havíamos nos assumidos publicamente e os fãs estavam enlouquecidos por Brumilla, eu ja voltava aos palcos e eu e Lud voltamos as turnês, Ramon ja era da família e também o melhor amigo de yuri os dois eram inseparáveis, iam ao basquete junto a escola junto. Ramon fazia luta e também bale, segundo ele, somente ele e Lud podiam dançar comigo. Estava chegando o dia do meu casamento e eu estava cada vez mais nervosa.


Genteee esse é o penúltimo capítulo da parte 1 e logo depois vem a parte 2..

True (EM REVISÃO) Onde histórias criam vida. Descubra agora