Ludmilla
Acordei e senti um calafrio percorrer meu corpo, olhei ao redor e vi que estava em um hospital novamente e minha mãe estava sentada em uma cadeira de cabeça baixa chorando.
—Mãe! — Chamei e a mesma me olhou enxugando as lágrimas e caminhando até mim. — Porque você tá chorando? O que aconteceu eu passei mal da hérnia de novo?
—Não filha, você sofreu um acidente não se lembra!?— e como um flash tudo voltou a minha memória a van que veio do nada nos acertando mas logo depois eu apaguei.
—Me lembro, estão todos bem? Cade a Bru? — Perguntei e a mesma voltou a chorar, e o desespero se fez presente em meu peito, meus olhos encheram de lágrimas! — Mãe cade a Brunna? — eu perguntei mais direta e ela respirou fundo.
—Minha filha eu preciso que você fique calma!
—Calma por que mãe? cade a Brunna?
Eu disse mais direta e a mesma me olhou secando as lágrimas, eu sentia o desespero tomando conta do meu corpo.
—A Bru, foi arremessada pra fora do carro —O pânico tomou conta de mim e a lembrança da bruna gravando storys no teto solar me veio a mente, ela tinha que passar por seis cirurgias, porém o corpo dela não aguentou! — e nesse momento as lágrimas transbordaram meus olhos e eu sentia que estava a um fio de surtar, porém eu estava em choque, minha cabeça doía e meu corpo formigava.
—Mae a brunna morreu!? — Eu perguntei e a mesma negou com a cabeça.
—O caso dela ainda é muito grave eles interromperam a cirurgia e a deixaram enrolada em uma manta térmica, ainda não sabem quanto tempo ela vai levar pra se recuperar, ela teve uma parada cardíaca e morreu por 20 segundos. — Senti um alívio porém mais desespero correr em minha veias
—Eu preciso ver ela! — foi a única coisa que consegui dizer eu chorava o tempo todo e minha mãe segurava minha mão chorando também!
—Você não pode sair filha, está fraca e tem alguns pontos, precisa descansar!— ela disse e u neguei com a cabeça.
—Eu quero ver ela agora, ou a senhora me leva ou eu me desprego daqui e vou com minhas pernas.
—Ludmilla — ela disse tentando me contestar e eu comecei a tirar o fio enquanto as lagrimas caiam. — Okay eu te levo, espera um pouco! — ela disse e eu parei o qe estava fazendo e me deitei olhando pro teto do quarto. Eu não me imaginava sem a minha bu, lembro até hoje do dia em que demos o nosso primeiro beijo.flashback on
Brunna e eu vivíamos brincando de se provocar mas nunca dava em nada, porque ela achava que a gente não ia dar certo depois do primeiro beijo, mas isso quem sempre dizia era ela. Igual o sem "maldade". Mas a verdade era que desde o primeiro dia que eu vi ela eu fiquei encantada, depois eu esqueci, mas ela voltou dos estados unidos e meu amor, ela estava cada vez mais linda e mais minha amiga o que me impedia de beijar ela?
Ela estava se arrumando aqui em casa pra que fossemos pra casa da nossa amiga, em um fervo que teria lá. Eu como sempre gosto de provocar insisti que ela se arrumasse aqui comigo, ela tinha ido tomar banho e segundo ela eu não podia olhar pela fechadura. Entrei no closet pra pegar uma roupa pra ela usar junto comigo de par de jarro e não reparei que ela havia saído do banho e estava se secando. Quando sai de dentro do closet ela estava nua passando um creme que tinha o melhor cheiro que eu ja senti na minha vida. Eu fiquei parada admirando toda a beleza dela e acho que meu queixo estava no chão.
—LUDMILLA! — Ela gritou pegando a toalha e ficando vermelha de tanta vergonha eu sorri e caminhei até a mesma lentamente.
— Pega a peça de roupa, antes que eu pegue você! — disse e a mesma ficou ainda mais vermelha. Ela me encarou de uma forma intensa e pegou a peça de roupa distraída deixando cair a toalha eu ri e fui em direção ao banheiro pra me arrumar.
Dai uma hora depois e me arrumei no que disse a Brunna ser 5 mil anos depois, descemos e fomos juntas para a festa, cantávamos e riamos muito dentro do carro e assim que chegamos e encontramos nossos amigos começaram a nos dar bebidas e começamos a brincar. Brunna dançava hora ou outra e as vezes eu sentia que era pra mim. E isso deixava meu corpo mais quente, vi o
olhar malicioso do renatinho de longe e o mesmo inventou uma brincadeira de verdade ou desafio, na brincadeira só tinha eu, ele, romulo, marcos e um cara que o marcos estava conhecendo. A garrafa começou a girar e caiu em mim.—Verdade ou desafio Ludmilla? — Ele falou meio embolado por conta da bebida
—Desafio! — respondi olhando pra Brunna
— Pegue quem você quiser e leve pra um canto pra beijar! — Ele disse e na mesma hora eu levantei pegando ma mão da Brunna que me olhava surpresa e envergonhada
—Se você não levantar agora, vou te pegar aqui mesmo! — vi a mesma rir e se levantar pegando na minha mão, saímos e fomos até a varanda eu fechei a mesma e ela ficou encostada olhando o mar da barra.
—Eu queria morar assim perto do mar! — ela disse relaxada e eu cheguei mais perto
—Queria bu? — eu perguntei e a mesma riu
—Você faz voz de nenê pra falar comigo, eu acho fofo!— ri novamente mas agora eu estava envergonhada!
—Escolhe um número de 1 a 5.
— 3 — eu me aproximei ficando de frente para a mesma.
—Aposto três beijos que no fim dessa frase você vai rir! — ela riu baixinho — Ganhei e então eu dei um, dois selinho e no terceiro ela me segurou pela nuca e ela se iniciou o beijo, acho que em toda minha história de danada nenhum beijo me deixou quente daquela forma, minha mão passava e apertava o corpo da mesma, ela arfava e colava mais o corpo dela no meu. a encostei na parede e comecei a beijar seu pescoço logo depois voltando a beija-la, ela beijava lentamente mais a intensidade ia aumentando a cada segundo. A soltei olhando nos seus olhos e eu fiquei estagnada. Ela sorriu e voltou a me beijar e agora eu levantei sua perna arranhando sua coxa e vendo a mesma gemer baixinhoflashback of
—Lud — A voz da minha mãe me chamou atenção me fazendo dair do meu pensamento com a Bru eu ainda chorava.
—Ela vai se recuperar minha filha, Deus vai ajudar ela. — Reparei que minha mãe estava acompanhada de uma enfermeira e uma cadeira de rodas eu me sentei e a enfermeira me ajudou a me sentar na cadeira, fomos até o corredor da uti e era silencioso e frio paramos em frente a uma janela e meu mundo veio ao chão, A brunna estava enrolada em uma espécie de manta, dava pra ver que ela estava toda entubada e respirava com ajuda de aparelhos. Eu chorava se soluçar e sentia a cada segundo como se meu mundo estivesse acabando. Ele estava.
Eu abaixei a cabe e minha mãe segurou meus ombros eu soluçava tentando me concentrar pra pensar em algo. Ver ela assim sem vida praticamente tinha me deixado no chão. Eu precisava falar com ela, segurar a mão dela, me virei pra enfermeira e vi que a mesma segurava uma roupa especial ela me ajudou a colocar a roupa passar por um esterilizador e eu entrei, meu corpo doía muito, mas não se comparava a dor que eu sentia no meu peito.
Segurei a mão dela que estava fria.—Demorou pra mim cuidar de mim, Demorou pra você aceitar, demorou pra eu te assumir — eu soluçava enquanto cantava—Seja bem vinda a casa e sua e o coração também. Coisa mais linda, fica tranquila — eu sentia as lagrimas caindo mais rigorosas e se tornava cada vez mais difícil cantar — que agora ta tudo bem! — Eu chorei me ajoelhando ao lado da cama e fiz a única coisa que seria válida.— Senhor eu preciso de um milagre, eu a amo Deus como nunca amei alguém, ela não merece ser levada ainda eu sinto que ela está destinada a viver todos os meus sonhos comigo, senhor eu a amo, não — eu chorava cada vez mais e sentia meu corpo ficando cada vez mais exausto— Não a tire de mim. — Me levantei ainda com o choro nos olhos e me sentei em uma poltrona que tinha ali.
—Mesmo sem entender — eu cantarolava baixo em meio às lágrimas — Mesmo sem entender, eu confio em ti, mesmo sem entender. Eu sei que es o melhor pra mim, mesmo sem entender! — sentia que as lágrimas não iam mais parar de cair e ficava cada vez mais apavorada via que minha mãe e a enfermeira faziam sinal pra qe eu saísse e me levantei, caminhando até a bru
—Amor, vai ficar tudo bem, Deus está com a gente! — Sai da sala e me sentei na cadeira ainda chorando sem dizer uma palavra.

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True (EM REVISÃO)
FanfictionTudo parece ser bobeira quando se trata de mim, ninguém realmente esta interessado em saber como eu estou isso está me cansando.