Capítulo 10.

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A culpa pela demora foi da Diasdeoutono que consegue ser uma coautora mais irresponsável que a própria autora.

Mentira, amo você.

OBS: Capítulo com cenas de sexo explícito. (Priminha exagerou, sorry.)

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{Maratona (1/5)}


Eu entendia perfeitamente a gravidade de estar diante do morro inimigo quando se tem uma família envolvida. Mas por algum motivo inexplicável, essa rivalidade, esse caos, e todo esse perigo era algo que eu gostava e queria enfrentar.

Talvez esse seja o motivo e a minha melhor explicação para estar andando em direção ao proibido de forma tão calma.

Não senti a realidade até estar em frente à casa de Pedro. Menor saía de lá no momento em que me aproximei do portão. Ele me olhou de cima a baixo, provavelmente estranhando o porquê de eu estar ali.

- Tá fazendo o quê aqui, menina? - indagou sério.

- Eu... - tentei achar uma explicação óbvia. - Eu preciso falar com o Pedro. E por um acaso eu te devo alguma satisfação?

- Ih, a dondoca tá irritadinha. - debochou.

- Sai da frente que eu agradeço.

- Tá tirando, pô? - arqueou a sobrancelha, ainda parado em frente a caralha do portão.

- Menor, vaza daí. - Pedro mandou, aparecendo logo atrás do mesmo.

Assim que me viu, soltou seu típico sorriso de lado. - Olha quem resolveu aparecer.

- Fala sério?! Tô vazando. - O garoto na minha frente disse, parecendo incomodado com a situação.

- Entra aí. - Pedro se direcionou a mim, dando espaço no portão para que eu entrasse. Entrei ainda que receosa e olhei em volta observando tudo com muito cuidado, para caso acontecer um imprevisto, eu poder fugir sem muita dificuldade. Preparada sempre.

Caminhei ao lado de Pedro até as portas do fundo, onde dava diretamente à cozinha.

- Senta aí que tô terminando um negócio aqui. - disse. Olhei em volta e decidi que não ousaria a tanto, até mesmo porque ainda estava incerta do que estava fazendo ali. Todos os ensinamentos de meu pai sobre não confiar em qualquer pessoa foram para o ralo no momento em que atravessei o portão. Parabéns Aysha, você está indo muito bem como uma adolescente rebelde que foge dos pais.

Ignorei minhas auto-críticas assim que Pedro se aproximou o suficiente para me fazer retornar a realidade.

- Eu não vou te matar, guria. Relaxa aí. - abriu um sorriso.

- É meio difícil relaxar quando se está na casa de um desconhecido, que por um acaso, é um traficante. - me dêem um tapa na boca, por favor.

- Você saiu da sua casa sabendo que viria aqui. E esse traficante é o mesmo cara que você beijou duas vezes, olha que interessante. - Se aproximou ainda mais.

- Não vou discutir sobre isso contigo.

- Não quero discutir, só quero transformar os dois beijos em três e... agora de preferência. - disse baixo.

- Pedro... - o afasto. - Isso foi um erro, não vou repetir.

- Erro? Sério isso? - indaga segurando a mão que eu o afastei.

- Eu não posso, não com você. Você é um traficante e eu...

- É a porra de uma filhinha de papai que não se envolve com bandido. - me interrompeu, completando com as palavras erradas.

A Filha do ComandanteOnde histórias criam vida. Descubra agora