Capítulo 8.

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Tomava café da manhã ao lado de mamãe quando meu celular notificou uma mensagem. Era novamente um número desconhecido, mas dessa vez alguns números eu tinha certeza que não eram os mesmos da noite passada.

Era um endereço. Minhas pernas bambearam e respirei fundo antes de me direcionar à mamãe:

- Conhece esse endereço? - perguntei mostrando a mensagem.

- Perto não é.

- Hum... Eu preciso ir, mãe. - digo pensando e repensando na idéia que eu acabo de ter.

- Mas já?

- Sim. Beijos, te amo. - dou um beijo em sua testa e saio correndo a procura de Luke, minha única carona ali.

Pelo caminho encontro LC, que me informa o possível lugar em que ele estaria.

- Luke? Preciso de um favor. - peço me aproximando da entrada onde vários outros vapores se encontravam.

- Manda o papo.

- Carona. - abro um sorriso.

- Destino?

- Não é perto.

- Fica aí que eu vou pegar o carro.

Ele sai e eu solto um riso, esperando pacientemente que voltasse. Quando ele retorna com o carro, entro sem delongas e mostro o endereço.

- Pra quê tu tá querendo ir onde o Alemão pega encomenda? - pergunta arqueando a sobrancelha.

- Encomenda?

- HK417, AK105, M16A4... - Luke começa com uma contagem nos dedos.

- Já entendi, Luke. E na real, eu nem sei... Recebi esse endereço hoje cedo e eu só decidi que quero ir.

- Você é louca. - diz e acelera o carro.

O caminho era mais longo do que eu imaginava, a cada minuto eu olhava para o relógio e balançava a perna impacientemente.

- Tu tá me deixando nervoso também, guria. Relaxa aí. - pede.

Suspiro e tento falhamente me acalmar.

Alguns minutos depois o carro é estacionado em frente a um galpão enorme, cercado por grades com uma única entrada; um portão onde alguns homens com diversos tipos de armas guardavam para que não houvesse confusão ou uma possível invasão, como eu estava prestes a fazer.

- Agora vai fazer o quê? - Luke pergunta.

- Entrar. - respondo convicta.

- Você só pode estar louca.

- Sim, eu estou. Agora vamos. - ele revira os olhos e assim saímos do carro, andando em direção ao portão de grade.

Paramos em frente à portaria, e logo um dos homens se aproximaram.

- Fui mandada para pegar algumas encomendas. - minto.

- Que tipo de encomenda? - pergunta o cara da portaria.

- MP40. - Luke responde por mim.

- E qual é o nome de vocês? - indaga desconfiado.

- Sou LK, filho do braço-direito do Alemão. - Luke responde convencido.

- E eu sou Aysha, sobrinha do Lehandro, ou melhor, sobrinha do Rei. - abro um sorriso tentando ser o mais convincente possível.

- Alemão e Rei pegaram as encomendas deles há dois dias atrás. - ele cruza os braços e joga o corpo para trás na cadeira, observando cada detalhe das nossas expressões.

A Filha do ComandanteOnde histórias criam vida. Descubra agora