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Rafaela

Acordo com uma enorme dificuldade, já era á décima vez que a soneca do despertador tentava me acordar, por fim me levanto me enfiando em baixo do chuveiro gelado pra ver se me despertava. Dizer que eu não dormir nada essa noite eu estava dormindo, pois eu dormir sim, apenas duas horas mais dormir. Eu fiquei super preocupada com a Pietra, ligava e ligava e ela não atendia, só de pensar em ter acontecido algo com aquela praga me deixava aflita.

Saio do banho e visto rapidamente o macacão branco, como não tinha tempo de lavar o cabelo e secar apenas enrolo eles em um coque e deixo pra passar a maquiagem quando chegar no serviço. Olho pra cama de Tessália vendo que permanecia do mesmo modo que ontem, prova que ela nem em casa dormiu.

Saio de casa as pressas torcendo pra dar tempo de pegar meu ônibus no pé do morro. Quando estou quase chegando lá em baixo, avisto dona Rosalina aos berros com Alessandra que andava um passo pra frente e dois para trás, era horrível ver as pessoas nessa situação.

__ Eu não sei oque eu vou fazer com você mais, que Deus me dê forças - Dona Rosalina chorava enquanto tentava carregar a filha pra dentro, Alessandra empurra a mãe que cambaleia pra trás mais não deixa de tentar carregar ela

__ Se liga Alessandra que mãe é sagrada, dê valor na tua que ta ai te carregando e se prese pra sua filha dar valor em tu também quando ela crescer - Eu não aguento ver essas injustiças quieta não, falo mesmo 

__ É Tudo culpa sua vagabunda - Ela me olha quando me aproximo passando o braço dela em volta do meu pescoço pra ajudar a mãe dela levar ela até o portão que estava próximo __ Me solta, não toca em mim piranha

__ Fica quieta Alessandra, não faz sua mãe passar vergonha contigo não 

 O cheiro de suor misturado com cloroforme quase me faz vomitar, a roupa dela estava toda suja e o cabelo despenteado, ajudo Rosalina colocar ela no sofá da sala, Alice filha dela assim que ver a mãe nessa situação começa a chorar, meu coração aperta quando vejo aquilo, procuro sair da casa rápido, Rosalina me leva até o portão e me agradece diversas vezes

__ Eu não sei mais o que fazer com ela Rafa, eu não sei o que fazer com a Alice eu preciso trabalhar e a Alessandra nessa situação só complica as coisas - Ela começa chorar ali na minha frente

__ Tenha calma dona Rosa, a senhora já pensou em internar ela? - Ela nega e começa chorar mais ainda __ Pensa nisso dona Rosa, lá pelo menos a senhora vai saber que ela vai ta bem e alimentada, eles vão cuidar dela e dar a assistência que ela necessita nesse momento - Dou um sorriso reconfortante á ela __ Eu preciso ir agora, qualquer coisa a senhora manda me chamar, ouviu?

Alessandra podia ser uma vaca, mais a mãe dela era boa demais pra passar por isso por causa da irresponsabilidade da filha, será que ela não pensa na Alice ? Tenho é dó dessa criança viu, pai que não vale nada e uma mãe perturbada imagina como vai crescer, sorte dela que tem uma avó maravilhosa pra zelar por ela.

__ Bom dia Laura - Cumprimento assim que entro na cozinha do escritório, ela estava com uma cara péssima igual a minha, até pior se duvidar, mais eu não falo isso, não sou louca pra perder o emprego.

__ Bom dia Rafa, você faz um café por gentileza? Essa noite não foi fácil, gripe me pegou de jeito 

__ Claro, já levo pra você - Ela agradece e se retira da cozinha, trato de fazer logo uma garrafa de café porquê hoje o dia ia ser longo.

A manhã passou rápido e quando vi logo chegou o almoço, ajudei Laura em umas contas que ela tava fazendo, claro que minha parte foi tudo na calculadora eu era péssima com números, e mesmo assim refiz os cálculos três vezes pra ter a certeza de que estavam corretos, era bem capaz de eu errar mesmo com a calculadora.

Doce Perdição ( MORRO )Onde histórias criam vida. Descubra agora