Cap. 15 | É Só Me Deixar Ir

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Leonardo

Saiu da casa e mando os vapor ficar de olho se aquela patricinha sonhar em sair daqui eu meto uma bala na cabeça dela.

Caíque vem subindo com Eloá e ambos estão com cara de assustados, Caíque se aproxima.

- cadê minha irmã? - pergunta.

- tá lá em casa truta, e de lá ela não sai! - rosno.

- e tu bateu nela? - pergunta ele me olhando sério, não digo nada ele leva isso como um sim. - ela tá grávida poha! - resmunga ele e sai andando rápido, Eloá me olha feio e segue ele.

Dou de ombros e desço pra boca, ao entrar encontro Gabriela e Karen, elas me observam e sorriem safadas, adentro um quartinho e elas vem atrás, não demora muito pra que eu me satisfaça com elas, dou uma grana pras duas e meto o pé pro meu escritório.

(...)

Maria Eduarda

Acordo em um lugar confortável, apalpo abrindo os olhos lentamente, lembro de mais cedo e sinto meus olhos transbordarem novamente.

- ei ei eu tô aqui. - Eloá se aproxima, vejo meu irmão olhando pra mim de longe, ele está aéreo.

- eu pre-preciso sair da-daqui. - digo falhando de dor, meu corpo dói por inteiro.

- você não pode! - quem se pronuncia é Caíque. - não ainda. - ele completa.

- ele vai me matar aqui, ele me chutou e se meu bebê não estiver bem? - passo a mão na minha barriga.

- tua cria tá bem, eu pedi pra dona Carmem vir da uma olhada em tu. - diz Caíque.

- por favor me tira daqui, eu preciso voltar pra minha casa. - suplico.

- só por cima do meu cadáver. - Leonardo adentra o quarto e eu sinto um arrepio percorrer meu corpo até a minha espinha. - hora de vazar. - ele olha pros dois que se aproximam e me dão um beijo na testa cada um, saindo em seguida.

LD fecha a porta e vem atrás mim, ainda de pé ele me observa e percorre os olhos pelo meu corpo, fecha a mão e eu os olhos, o medo me preenche enquanto espero pela agressão.

Nada acontece.

- que porra! - ele diz com raiva e sai fechando a porta.

Respiro fundo e tento me sentar, lentamente consigo e olho pra janela ao lado onde está iluminada com a lua, jogo meus pés pra fora da cama e tento me levantar, com dificuldade consigo e em passos lentos me aproximo da mesma.

Noto que estou de blusa de manga longa que provavelmente é do Caíque ou do Leonardo.

- vim trazer teu rango. - escuto a porta abrir e meus olhos percorrem um Leonardo usando bermuda jeans, sem camisa e de boné pra trás, seu olhar é tranquilo e eu poderia dizer que ele tá em paz.

- deixa aí. - sussurro voltando a olhar pra janela, daqui se vê toda a comunidade.

- loira.. me perdoa. - ele deixa a comida no criado mudo e se aproxima de mim colocando uma mão no vidro e sussurra no meu ouvido.

Não digo nada, então ele me vira lentamente pra ele e levanta o meu olhar pra seus olhos.

- eu sei que fiz merda, me perdoa. Mas eu não sei lidar com a ideia de um guri. - diz ele baixo.

- eu vim aqui te contar sobre o bebê, não pra pedir pra você o assumir e se manter presente, se não sabe lidar é só me deixar ir que nunca mais vai me ver. - digo tudo olhando seus olhos, ele não diz nada apenas se afasta e antes de sair batendo a porta da um murro na parede.

Estremeço e me aproximo da cama, deito lentamente e passo a mão na barriga.

- mamãe te ama, tá bom, bebê. - digo e logo adormeço.

Princesa Do Complexo [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora