Cap. 30 | Cirurgia de Emergência

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Maria Eduarda

Sinto meus olhos querendo abrir, estou deitada em um lugar duro e frio, meu corpo protesta abaixo da barriga, passo a mão ali e sinto a dor se intensificar.

Respiro fundo escutando vozes distantes.

- preparem a sala de parto. - escuto mas não consigo decifrar.

Algo está errado meu filho, ele quer nascer.

- doutora a sala de parto já está pronta, podemos levá-la. - diz uma voz masculina, meu filho vai nascer.

- vai ser de urgência, estamos perdendo ele. - escuto e sinto a maca ser movida rapidamente, minha mente está embaralhada, logo sinto agulha e dor, anestesia hack.

Minutos que se parecem horas, se passam até que quando estou quase dormindo escuto um chorinho agudo, abro os olhos com dificuldade e procuro pelo meu filho, vejo uma mulher levá-lo para lavar, pesar e vestir.

- pode dormir querida, está tudo bem com seu filho. - diz a enfermeira e logo eu sinto meus olhos pesarem cansados.

Acordo não sei exatamente que horas são, já está de noite, cenas de mais cedo percorrem minha cabeça me deixando em desespero, observo ao meu lado na cadeira desconfortável está Laiza dormindo, e ao meu lado esquerdo o berço com meu filho, meu pedacinho de amor.

Bernardo Alencastro, meu Bê.

Sorriu e logo durmo novamente.

(...)

No dia seguinte ainda no hospital acordo cedo, a enfermeira checa o soro e olha se tá tudo bem com o bebê.

- bom dia mamãe. - diz ela alegre.

- bom dia, cadê meu filho? - noto sua falta no berço.

- ele está com o seu irmão e sua mãe, sua amiga acabou de sair, vim te ajudar no banho. - explica e eu assenti.

Depois de um bom banho me deito na maca novamente e pego meu filho nos braços, minha mãe entra no quarto com meu pai e meus irmãos.

- como você está querida? - pergunta ela vindo até mim.

- bem na medida do possível, Juliana era como uma irmã pra mim. Quando vai ser o enterro dela?

- foi hoje cedo, mas assim que vocês tiverem alta vamos lá e depois você vai recomeçar sua vida longe do Rio, até sabermos quem fez isso e o porquê!

- você quer dizer até o filha da puta estar morto! - Caíque diz com certo ódio.

- Caíque agora não. - minha mãe repreende ele.

- Bernardo é uma graça de bebê - diz meu pai.

- sim ele é... Meu garoto! - sorriu.

Princesa Do Complexo [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora