Cap. 22 | Briga & Invasão

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Maria Eduarda

Já se passou um mês desde que LD me assumiu como sua fiel, e dentro desse um mês ele mal para em casa, quando tá aqui sempre arruma alguma desculpa pra ficar longe de mim, só me procura pra dormir porque acostumou com a idéia de ficar com a mão na minha barriga.

Dentro desse um mês eu saiu o básico de casa, é como se eu estivesse jurada de morte pelas vadias do morro.

Nesse momento estou fazendo o almoço, já passa da 13h e até agora ele não apareceu, não vi nem a hora que ele saiu cedo.

Sempre que procuro pela sua atenção ele diz que está ocupado, que precisa cuidar do morro e as vezes até grita comigo, e por culpa dos hormônios da gravidez eu choro feito um bebê.

O calor está demais, deixo a comida pronta no fogão e resolvo sair, ir na casa da Eloá e do Caíque.

Sim eles estão morando junto, mas não sei como é o relacionamento deles, afinal segundo ela é pura aparência por causa de pendências do morro.

Passo pela descida de paralelepípedo enquanto observo as crianças brincando, vejo um casal de longe entrando em um barraco, noto que aquela roupa no qual o homem está usando é idêntica a de LD, ele não seria capaz, seria?!

Com a curiosidade aguçada resolvo mudar o trajeto e seguir eles, assim que me aproximo escuto a voz masculina, meu corpo gela, meu coração acelera, mal me dou conta quando abro a porta, minha mão vai a boca e meus olhos marejam.

- Maria Eduarda?! - ele pronuncia meu nome com a voz trêmula.

- tá atrapalhando baleinha. - a loira diz e faz cara se tédio.

- você me da nojo, Leonardo. - é tudo que digo antes de sair dali aos prantos.

Como eu pude ser idiota, é claro que ele não ia deixar as amantes.

Trouxa!

Eu já não sabia onde ir, se voltasse pra casa ele não me deixaria sair, do morro também não iria sair os vapores dele não deixariam sem a autorização dele.

Droga!

De repente um barulho de tiro, logo agora invasão? Sério?!

Corro e adentro um beco um pouco escuro, me escondo atrás de uma caixa de lixo, os tiros aumentam gradativamente, escuto vozes masculinas.

- ali tem alguém... - disse um deles, os passos se aproximaram de mim rapidamente, nesse momento eu só peço a Deus proteja meu bebê.

- vejam se não é a fiel daquele vagabundo, e ela ainda tá buchuda rapa. - o outro aparentando ser mais velho diz, me encosto mais na parede com medo, meus olhos marejados dificultam minha visão.

- mata logo ela pai, ela não vai fazer falta. - diz o mais novo e gargalha.

Escuto a arma ser destravada, olho nos olhos dele e percebo ele mudar a feição, por favor não me mate.

Ele me observa por um momento, coloca o revólver na cintura e me puxa pelo cabelo assobiando para o mais novo e me jogando contra ele.

- leva pro carro, apaga ela. Eu quero a cabeça daquele vagabundo, mas também quero que ele sofra com a perca de um filho, igual o pai dele fez comigo. - diz ele e sinto uma dor insuportável antes de perder os sentido.

Princesa Do Complexo [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora