Desconfiança

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Kouyou acordou sentindo uma dor de cabeça excruciante. Apenas ao tentar levantar deu-se conta de que estava caído no piso frio da sala. Lembranças com o ocorrido inundaram sua mente fazendo-o se erguer num salto, ignorando qualquer dor.

— YUU!! – gritou com urgência.

O moreno não estava no sofá. Muito vagamente registrou os destroços da porta espalhados pelo chão. Sorte que seu apartamento ocupava todo o andar, ou algum vizinho já teria visto aquilo.

— AOI!!

Foi até o quarto. Sondou os banheiros, a cozinha, o escritório e o quarto de hóspedes. Shiroyama não estava em nenhum daqueles cômodos. Ficou mais do que óbvio: seu namorado fora raptado pelo casal bruxo desconhecido.

A constatação lhe deixou sem forças. Por quê? Porque alguém iria levar o guitarrista moreno para longe de si?

Talvez Potter-san ou Malfoy-san soubessem responder...

De forma quase automática enfiou a mão no bolso da calça, pegou a moeda estrangeira e esfregou vigorosamente.

Em questão de segundos Draco Malfoy aparatou no centro da sala.

— Espero que não seja outro dos seus amigos querendo...

O Slytherin calou-se ao ver a porta destruída. Olhou para Uruha e compreendeu imediatamente que alguma coisa acontecera. Não precisou perguntar. O japonês voltou-se para Draco e, aparentando estar completamente perdido, revelou:

— Levaram o Yuu. Dois bruxos. Eles... Levaram o Yuu e o nosso filho...

Pela violência do cenário, pela confusão do outro loiro e por uma estranha intuição, Malfoy achou que não conseguiria lidar com aquilo sozinho. Alguma coisa terrível tinha passado pelas vidas de Takashima e Shiroyama.

E a culpa era exclusivamente sua.

Deixando de hesitar, Draco sacou sua varinha:

— EXPECTO PATRONUM!!

A luz brilhante saiu da varinha do Slytherin e assumiu a forma de um tigre, antes de atravessar uma das paredes e desaparecer.

Uruha, que estivera observando as ações de Malfoy, deixou os ombros caírem sob o peso de sentir-se impotente para ajudar quem amava.

— Por que...? – questionou baixinho.

Draco ouviu a pergunta sussurrada, mas não respondeu. Aquilo era algo para o qual também não tinha resposta.

U x A – H x D

A luz em forma de tigre foi aninhar-se aos pés de Harry Potter.

A sala ficou silenciosa, enquanto o Garoto Que Venceu engolia em seco. Olhou da magia que se esvanecia rapidamente para Hermione.

— Posso falar com você um momento?

Ambos sentiram o peso dos olhares dos outros bruxos presentes na reunião. Aurors, agentes do Departamento dos Mistérios, e o próprio Ministro da Magia.

A garota ficou um tanto pálida, porém concordou. Pediu licença aos outros e saiu da sala, seguida por Potter.

— Eles vão querer a minha cabeça... – a mulher foi logo dizendo quando ficaram sozinhos no corredor.

— Você viu aquilo, Mione. Era o Patrono de Draco.

— Eu sei, Harry. O que quer que eu faça?

— Me libere. Tenho que ver o que está acontecendo. – pediu simplista.

Hermione Weasley demonstrou a surpresa que lhe colheu:

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