Vinny narrando:
Hipocrisia a parte e sem falsa modéstia, se tem um cara de sorte nesta vida, esse cara sou eu! Mas como nem tudo é perfeito...
Meu pai Rogério Villas Boas; arquiteto muito bem sucedido profissionalmente e financeiramente, já mamãe; a Dona Sônia Campos Vilas Boas, é filha de político, meu avô foi ex-governador. Pra ser bem sincero; minha mãe é mais socialite, do que a dona de uma boutique no coração do Bairro de Lourdes. Mamãe acha que eu não sei, mas a verdade é que ela usa a boutique pra se encontrar com as amigas e ficar sempre sabendo de tudo sobra à vida dos outros, fofocas e mexericos!
E sendo assim, o sortudo aqui, nasceu, com mais dois irmãos, numa família tradicional e com muito dinheiro! Morei a vida toda numa das melhores casas do bairro de Mangabeiras. O meu irmão Bruno é quase quatro anos mais velho do que eu e a Rafaela, a caçulinha, cinco anos mais nova que eu. E eu? O filho sanduíche, Vinicius Villas Boas. Vinny para os íntimos!
Meus pais sempre trabalharam muito e nunca sobrava muito tempo pra os filhos, fomos criados pelas babás, empregadas e motoristas, mas principalmente pela Lena, a fiel escudeira da mamãe. Em casa, Lena é uma espécie de governanta, ela já trabalha com minha mãe há mais de vinte anos, foi ela quem praticamente criou a mim e os meus dois irmãos. Uma segunda mãe pra mim!
Nós três estudamos na melhor e mais tradicional escola católica da cidade e tivemos tudo o que havia de melhor em educação, aulas de línguas, de artes, esportes. Nossa semana era dedicada exclusivamente aos estudos, folga era só nos finais de semana e nas férias. Meu pai sempre exigiu o melhor dos filhos, ele sempre diz que o segundo lugar, é o primeiro dos últimos e foi assim que eu cresci, na barra da calça do meu pai. Meu pai é o meu ídolo! Todo mundo sabe! Até eu!
O tempo do Doutor Rogério era precioso demais para ele gastar com os filhos, então eu dei o meu jeito, descobri logo cedo como desfrutar da companhia do meu pai, era fácil, era só seguir os passos dele, me lembro de quando ainda era bem criança, eu tinha uns quatro ou cinco anos de idade, papai trabalhando e projetando no escritório de casa e eu sentado no chão, rodeado de lápis de cor, papéis e canetinhas coloridas. Foi assim que eu consegui receber um pouco de atenção do meu pai, aos pés dele e desenhando! Eu sempre amei desenhar, prefiro os desenhos livres, eu adoro desenhar pessoas, rostos e corpos.
Nunca tive dúvidas de qual seria a minha profissão, eu sempre quis ser arquiteto como o meu pai e ponto! Aos doze anos de idade, eu já sabia ler um projeto arquitetônico completo, inclusive com os projetos complementares de elétrica, hidráulica e estrutural e já fazia esboços de plantas e fachadas para mostrar ao meu pai, que usou uma das minhas ideias e me colocou como coautor de um projeto.
Com dezesseis anos, eu já trabalhava no escritório do meu pai como cadista e porque eu queria e não pela grana, nesta época eu já dominava o programa muito melhor do que o meu velho, aliás, era eu quem passava os projetos mais importantes do meu pai para o CAD e ele me pagava pra isso e bem! Não é que meu pai me explorava, não era isso! Eu gostava de estar com o meu pai, trabalhar com ele e o me pai reconhecia o me esforço!
Com o dinheiro do meu trabalho, eu tive o gostinho de liberdade, por que eu não precisava prestar conta do meu dinheiro que era fruto do meu trabalho. O lance é o seguinte: apesar dos meus pais terem muito dinheiro e comprar tudo o que eu e meus irmãos queríamos e precisávamos, eles não estavam mais dando grana na nossa mão, só o cartão de crédito e mesmo assim, o cartão tinha limite.
A Culpa era do meu irmão mais velho, que se envolveu com uma galera da faculdade que curtia sexo, drogas e rock in roll e meus pais descobriram. Sobrou pra todo mundo, até pra mim! Que não tinha nada haver com a história e assim, meus pais me colocaram no meio da confusão! Foi então que eu comecei a me descobrir.
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CIRANDA VIVA - LIVRO 1 - Finalizado e em revisão
RomanceA vida não é estática, de uma hora pra outra, tudo pode mudar! CIRANDA VIVA é uma mistura de amor em todos os sentidos. Descreve o amor em todas as suas formas. Fraternal, romântico e por que não, poli amor? Essa novela literária é um romance que n...