CAPÍTULO 3

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Tinha tantas coisas atrasadas para despachar no trabalho, pensei comigo! Fechei a conta no hotel, tomei um táxi e segui em direção a Congonhas

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Tinha tantas coisas atrasadas para despachar no trabalho, pensei comigo! Fechei a conta no hotel, tomei um táxi e segui em direção a Congonhas. Desci do veículo e fui direto para o balcão de atendimento da companhia aérea para tentar remarcar o meu bilhete para o próximo voo para Belo Horizonte.

Viajei para São Paulo e estava hospedado na cidade havia uma semana, tinha sido recentemente contratado por um grande banco, o mesmo que estagiava e dali em diante assumiria a vaga de assistente financeiro. Terminei tudo o que tinha que ser feito, na nossa matriz  na noite anterior e queria aproveitar a minha sexta-feira, para resolver as urgências na empresa antes do final de semana, caso contrário, a minha segunda-feira seria foda!

A atendente do balcão me encaixou no primeiro voo disponível e que saia às dez e quinze da manhã, queria ter pagado um voo anterior, mas não havia disponibilidade de vagas, pelo menos, ainda teria o período da tarde para terminar as minhas pendências em BH.

Enquanto eu matava o tempo passeando entre as lojinhas do aeroporto, vi de relance dentro de uma banca de revistas, uma moça linda que imediatamente me chamou a atenção.

Ela parecia uma princesinha, rostinho delicado, olhos expressivos, narizinho arrebitado, longos cabelos castanhos 'anelados' e um corpo que era uma loucura. Linda, gostosa e deliciosinha!

Segui para a sala de embarque e fiquei aguardando o meu voo, próximo ao portão que estava indicado no meu bilhete. Sentei numa poltrona no canto da sala de espera e comecei a tomar notas do que eu ainda tinha para fazer no escritório. Estava tão concentrado que não 'botei reparo' que a deliciosinha, na qual eu tinha visto lá na banca minutos antes, havia se sentado no canto oposto, da mesma sala de embarque.

A moça estava de costas para mim, mas eu sabia que era aquela princesinha deliciosinha. Ao lado dela, encontrava-se uma mocinha, possivelmente uma irmã, elas se pareciam muito fisicamente, o mesmo nariz e boca, ambas lindas. A mais jovem estava lendo um gibi e a mais velha, uma revista. Será que as duas também iriam para BH? Fiquei imaginando e pensando na possibilidade de pegar o mesmo voo.

Se uma princesa dessas caísse no meu colo, eu até sossegaria o meu facho, com casa, comida e roupa lavada. Empolguei! Na verdade, eu julgava que já estava na hora de amarrar o meu burro. A vida de 'come quieto' já passava da hora de acabar. Cada final de semana era uma garota diferente e ninguém de verdade para chamar de minha, era daquilo que estava precisando, alguém só para ser minha. Mamãe inclusive, me cobrava uma namorada, já havia algum tempo.

Meu último namoro sério, de levar minha namorada em casa, foi há mais de cinco anos! Maria Cláudia foi a última. Tava foda! Poderiam imaginar que eu num gostava mais da fruta. Dispersei os meus pensamentos românticos e continuei a anotar mais prioridades para ser feitas na próxima semana e foquei no trabalho.

De repente algo me tirou a concentração, era aquela princesa que falava brava com a menina mais nova. Será que elas estavam brigando? De onde eu estava não dava para ouvir nada, elas não falavam tão alto assim. Fiquei tentando prestar atenção nas duas e percebi que elas não estavam brigando. A mais velha que parecia estar indignada com alguma coisa e gesticulava irritada para a mais nova, tive a certeza que elas estavam apenas conversando, pois no impulso, a mais velha repousou com a sua cabeça nos ombros da garota que julguei ser a irmã dela.

CIRANDA VIVA - LIVRO 1 - Finalizado e em revisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora