CAPÍTULO 27

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Vinny narrando:

Até a metade do ano, a minha vida social estava bem intensa, alguns finais de semana eu contratava a Elaine pra sair comigo e claro, depois eu transava com ela e sempre sexo anal, eu nunca consegui fazer sexo normal com ela, então eu dei um vibrador portátil pra ela usar todas as vezes que ela saísse comigo, outras muitas vezes eu saía com o André e estava ficando muito complicado da gente se encontrar com frequência, então, acabada as férias de julho, decidi dar um basta nos meus finais de semanas intensos, afinal, eu tinha um vestibular para enfrentar nos próximos meses.

Terminei o namoro falso com a Elaine, mas mantive o meu relacionamento secreto com o André e apenas uma vez por mês saía com o meu irmão para uma festa ou balada. Outras poucas vezes eu tentei contratar acompanhantes de luxo, mas não consegui nem fazer sexo anal com nenhuma delas, muito menos oral! Apenas com a Elaine eu fiz essa proeza. Teve uma das moças, que eu não consegui nem beijar a boca dela, tamanho era o asco que eu senti pelo cheiro do perfume dela e ela me perguntou se eu era gay, confesso que foi a tentativa mais broxante da minha vida! Então de vez em quando eu tornava a sair com a Elaine.

No final do ano saiu o resultado da primeira fase do vestibular da federal e como esperado por todos, eu passei na primeira fase, lembro que pra comemorar o meu resultado, passamos as férias de final de ano esquiando nos Alpes Suíços, foi um refresco pra mim, literalmente!

Como eu não tentei nenhuma outra faculdade eu só tinha um tiro, um único objetivo, entrar na mesma universidade que o meu pai fez, a UFMG. Foi um peso enorme que eu carreguei nas minhas costas, já que o meu querido irmão mais velho não conseguiu entrar no vestibular para medicina na federal, meu pai sempre me cobrou isso, enfim no momento que encontramos o meu nome na lista dos aprovados, foi uma alegria enorme e meu pai, juntamente com o meu irmão, cortaram os meus cabelos e foi terrível ficar careca. No entanto, na época eu exibi minha careca com orgulho.

Quando fiz dezoito anos, fiz um acordo com o meu pai. Ele me daria um carro simples e usado, pra eu treinar e quando passasse no vestibular, ele me daria um carro zero e se eu passasse em primeiro lugar, eu poderia escolher o modelo carro.

Eu passei entre os cinco primeiros, em quinto! E isso não era tão mal, então conhecendo o papai como eu conheço, convenci o papai a conhecer o modelo do carro que eu queria, levei o meu pai na concessionária da Mercedes e o modelo que eu queria era um esportivo prata e papai decidiria se eu merecia o carro que eu escolhi, ou não! Claro que meu pai me deu o carro que eu queria! O melhor foi a cara do meu irmão quando viu o meu carro novo, foi impagável!

O Bruno questionou o papai o porquê dele não ter ganhado um carro como o meu e papai é sensacional como sempre, propôs ao meu irmão prestar vestibular para a UFMG novamente e se ele passasse para medicina, ele ganharia um carro igual ao meu e o Bruno nem precisaria ficar entre os cinco primeiros. Ele só se fode com o papai! E assim, de carro novo, fui para o meu primeiro dia de aula. Feliz, contente e sorridente!

Assim que entrei no prédio, encontrei e reconheci alguns ex-estagiários do escritório do meu pai, vários deles vieram me parabenizar, conhecia quase todos os professores, muitos deles frequentavam a minha casa, afinal de contas, meu pai também é professor da universidade, então a arquitetura era o meu mundo e a faculdade, era a extensão da minha casa e do escritório!

Eu trabalho com o meu pai, desde os quinze anos, sendo assim, eu conhecia muita gente na faculdade, naquele espaço, eu era bem popular, como na roda de violão do meu irmão! Sensação boa, de estar em casa! Ali eu era o arquiteto prodígio e promissor!

Entrei na sala de aula com o pensamento no que o meu pai me disse: que mesmo eu conhecendo o desenho técnico da arquitetura tão bem, eu precisava da teoria para concebê-la. Sentei-me na primeira carteira ao lado da porta e me encostei na parede, pra ficar observando a minha turma, reconhecendo os meus colegas. Saí para o intervalo e me encontrei com a Renata, uma das estagiárias do escritório, fiquei conversando com ela, dali veio tanta gente me cumprimentar, que eu não sei de onde apareceu aquele povo todo. O bom de ter uma professora como a Dona Sônia é saber reconhecer gente interesseira de longe e isto mamãe me ensinou bem!

CIRANDA VIVA - LIVRO 1 - Finalizado e em revisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora