Capítulo 27

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P.O.V – Liliane (on)

Assim que o Alison se afastou de mim, vi a Bianca se aproximar. Gelei dos pés a cabeça quando ela ameaçou contar a todos, eu tinha que fazer alguma coisa.

- Para com isso Bianca, não tem necessidade nenhuma disso, eu faço o que você quiser. Com tanto que mantenha tudo que ouviu entre a gente!

- Parece uma ótima proposta! – Indagou virando – se para mim novamente. – Eu aceito se me garantir que vai ficar a quilômetros de distância do Daniel. Não quero você conversando com ele, nem perto dele, muito menos falando no nome dele! Fui clara?

- Eu prometo! – Falo num tom convincente.

- Ótimo, então já posso ir, e não se preocupe que o segredinho de vocês estará bem guardado! – Cochichou, em seguida deu de ombros.

Respirei profundamente me segurando para não chorar ainda mais. Me sentia um caco por dentro, e tão culpada.

Era uma dor sufocante que me preenchia cada segundo a mais, precisava sair dali.

E foi exatamente o que fiz, quando fui atravessar a rua um carro parou na minha frente, pelo barulho da buzina era o carro da polícia.

- Ei garota, por acaso é por aqui que mora os pais deste rapaz? – Pergunta o policial mostrando a foto do Daniel no celular.

Provavelmente os pais dele tinham mandado, e espalhado pelo bairro inteiro, para caso ele fosse encontrado.

Assenti que sim e indiquei  o caminho, perguntei do Dan, ele disse que sofreu um sequestro, levaram tudo menos a identidade dele. Foi encontrado desacordado num lugar não muito distante daqui. Sua situação parecia bem crítica, nesse momento estava em coma na UTI.

Fiquei tão nervosa que minha pressão caiu, acordei um bom tempo depois. Olhei em volta de mim e ali parecia o quarto do Daniel.

Tudo cheirava ao seu perfume, era um cheiro muito agradável, e ao mesmo tempo marcante.
Levantei rapidamente, e saí de lá, a casa estava um silêncio enorme, todos já haviam ido embora.

Ou quase, minha mãe veio ao meu encontro...

- Espero que esteja melhor.

- Acho que acabei ficando ansiosa e preocupada demais, o resultado foi o desmaio.

- Aconteceu exatamente isso mas... Foi tudo por causa do desaparecimento do Daniel ou tem algo a mais?

- É por causa do Daniel sim, afinal todos estão preocupados..

- Eu sabia, que no fim das contas você tinha algum sentimento por ele! – Diz convencida.

- Ah mãe por favor! – Digo dando ombros.

Escutei a risada da mesma logo atrás de mim, ela e meu pai torcem para que eu e o Daniel fiquemos juntos. Desde que éramos menores, eu sinceramente não sei o que eles tem na cabeça. Pior que os pais dele também apoiam, vai entender.

5 meses depois...

Já passou quase meio ano desde que o Daniel ficou internado, eu nunca mais vi ele. Ninguém achou estranho nem nada do tipo, pois tentei ser o mais normal possível. Embora lá no fundo eu estava agoniada, ao ponto de querer surtar a qualquer instante.

Minha vontade era de vê – lo, saber como Daniel estava etc.
Porém acho que assim seja melhor, minha distância é mais agradável pra ele.

P.O.V – Liliane (off)

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P.O.V – Daniel (on)

Depois de tanto tempo desacordado por fim pude abrir meus olhos, eu estava num quarto de hospital. Afastei o lençol do meu corpo e meu braço esquerdo estava enfaixado, um dos meus joelhos também. Havia uma faixa sobre minha cabeça, estava tudo meio dolorido ainda.

A sensação era como se eu estivesse ficado ali muitíssimo tempo, como se fosse anos, não sei ao certo.

Um médico minutos depois entrou, disse que eu já tinha 5 meses lá, e que melhorei bastante. Escapei por muita sorte pois acabei perdendo muito sangue, antes de ser encontrado.

É como dizem por aí: vazo ruim, não quebra! Ainda estava vivinho da Silva!!!

No mesmo dia levei alta, e meus pais me levaram pra casa, minha mãe me ajudou a deitar na cama.

- Como se sente?

- Melhor depois de ter saído daquele lugar!

- Imagino, quero que descanse ok? – Diz me dando um beijo na bochecha.

Assenti que sim, e em seguida ela saiu, senti uma coisa por de baixo das minhas costas. Ao puxar com certa dificuldade vi que era uma blusa de moletom.. Ele parecia familiar, tinha um aroma muito bom. A essa hora do campeonato não consegui distinguir de quem era. Apenas segurei entre minhas narinas e adormeci...

Um Amor quase Impossível Onde histórias criam vida. Descubra agora