Capítulo 13

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Apolo desliga o carro e se vira para mim, está escuro aqui dentro, mas consigo ver seu rosto devido às luzes da rua lá fora.

— Está tudo bem? — pergunta. Aceno com a cabeça. — Você ficou calado o caminho inteiro.

— Você também não falou muito. — rebato.

Ele tira o cinto, se vira, pega minha mão e me encara. Há algo de diferente em seu olhar e não consigo identificar do que se trata, contudo sei que isso aconteceu quando, antes de sairmos do apartamento, ele recebeu um telefonema e se trancou no quarto por algum tempo.

Nem imagino a essência da conversa que teve, mas não fiquei fazendo perguntas com relação a isso para não aborrece-lo ainda mais.

— Tá legal — começo quando ele não diz nada. —, não sei se estou pronto para fazer isso.

— Eu sei que você nunca pensou no que estamos prestes a fazer, mas já pedi para manter a mente aberta. — sua voz não me transmite emoção. — Se você não quiser fazer nada, não vou te obrigar. O contrato foi feito para isso.

Minha cabeça gira. De repente sinto como se ele estivesse me pedindo para que tire a roupa e dê para ele no meio da rua.

— Já disse a você que gosto disso. — lembra. — Você disse que tentaria. Por favor, não dê para trás agora.

— Eu não estou dando para trás! — garanto, sentindo-me um pouco ofendido.

Ele me olha nos olhos e parece que acabo de mergulhar em uma piscina de água gelada. Suas mãos afagam a minha.

— Se ficar só no quase jamais vamos saber o que dará certo ou não. — ele dá um sorrisinho, solta minha mão, tira o próprio celular do bolso, abre o porta-luvas e o coloca lá dentro, em seguida me olha e sai.

Não preciso perguntar, apenas deixo meu celular junto com o dele, tiro o cinto e saio. Está um pouco frio, ou será só meu nervosismo?

Ele se junta a mim, passa a mão em minha bochecha e lança-me uma piscadela, uma expressão tão séria que me assusta. Tenho certeza que não era o que deveria sentir ao fazer isso.

— Bom garoto! — sorri. — Te garanto que no final valerá a pena.

Nem digo nada, apenas franzo os lábios e aceno.

Nos encontramos em um estacionamento muito reservado nos fundos de um estabelecimento. Há muitos carros em sua maioria de luxo.

Meu coração bate na garganta ao pensar no que verei lá dentro e tenho a sensação de que enquanto ainda estiver vinculado à Apolo, vou experimentar isso muitas vezes. Não fico assustado com a ideia, afinal de contas sou adulto e sei o que o contrato exigirá de mim, porém mesmo assim o assinei porque quis. Por um mero capricho da luxuria.

Puxo a gola da jaqueta mais para cima.

Apolo aciona o alarme, mete as chaves no bolso e segue para a entrada bem reservada do local, onde há alguns seguranças que fazem uma revista em nós antes de entrarmos, para checar se não estamos com objetos ilegais para as regras do lugar.

A música que toca lá dentro é excitante e baixa, muito sensual e faz com que a minha libido se encha como o conteúdo dentro de um copo, enquanto entramos por um corredor de iluminação opaca.

Apolo guia o caminho, me olhando de vez em quando enquanto entra mais no estabelecimento.

— Mantenha a cabeça aberta! — sussurra no instante em que desembocamos em um salão um pouco mais iluminado que o corredor anterior. Há algumas mesas onde vejo algumas pessoas bebendo e conversando, visivelmente paquerando umas as outras. Todas as mulheres que vejo estão com vestidos curtos e muito sensuais. Me pergunto, por um segundo, se estão usando calcinha.

NAS MÃOS DO PRAZER (COMPLETO)   [+18]Onde histórias criam vida. Descubra agora