Capítulo 22

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Acordo com um sobressalto quando meu celular anuncia o recebimento de uma mensagem. Me inclino para pegar o aparelho apenas para ver as horas. São 9h30.

Não faço ideia de que horas eram quando finalmente consegui pegar no sono.

Fico no sofá por mais alguns minutos antes de me levantar e ir, com os pés descalços, até o quarto para ver como Apolo se sente. Encontro a cama desarrumada, porém ele não está mais aqui.

Vou ao banheiro à sua procura, também não está. Aproveito que já estou aqui, lavo o rosto, escovo os dentes e mijo.

Só quando retorno para o quarto é que verifico a mensagem que recebi. É do Marcelo.

Bom dia, e que ótimo dia!

Não me esqueço do sabor dos seus lábios. Inclusive: adorei a noite de ontem!

Escrevo uma resposta:

Bom dia! Também gostei muito de ontem, você é um cara muito interessante e atraente. Espero que possamos repetir o programa. ><

Sem muito o que fazer, arrumo o sofá e a cama antes de ir tomar um pouco de suco de laranja. Não sinto fome. Vou até a varanda e me apoio na mureta para assistir ao movimento nas ruas.

Meu celular anuncia uma mensagem.

BARBUDO DA ORGIA: É claro que podemos repetir! Quero muito, inclusive.

ALEX: Que ótimo!

BABRUDO DA ORGIA: Seu daddy sabe que saímos ontem?

ALEX: Aparentemente sim, mas não sei se ele se lembra.

BARBUDO DA ORGIA: Ixi, ele tem Alzheimer?

ALEX: KKKKKKKKK NÃO!

BARBUDO DA ORGIA: Então o que é?

ALEX: Esquece...

BARBUDO DA ORGIA: Se não quer contar, não precisa.

Começo a escrever uma resposta quando ouço a porta ser aberta. Guardo o celular no bolso da calça e concentro-me no meu suco momentaneamente esquecido.

Apolo entra com a cara fechada. Usa tênis, calça e camisa preta. Segura um saquinho de papel junto com as chaves do carro.

Ergue o rosto e me encara sem alterar a expressão.

— Bom dia! — desejo.

— Bom... — é seco.

Volto para a sala e, em meu bolso, meu celular anuncia o recebimento de outra mensagem. Nem preciso olhar pra saber quem é.

Apolo vai até a cozinha e, no caminho, deixa as chaves do carro sobre a mesa, assim como o saquinho que carrega. Vai direto ao armário, pega um copo, o enche com água da geladeira e retorna, pega o saquinho da mesa e tira de lá uma caixinha pequena com analgésicos.

Ele toma os comprimidos sem olhar em minha direção sequer uma vez.

— Acordou cedo. — tento puxar assunto.

Ergue uma sobrancelha.

— Estou com uma dor de cabeça do cão e me sinto um lixo total! Dormir era a última coisa que sentia vontade, então aproveitei para ir buscar o carro que tinha deixado no estacionamento de um bar ontem.

— Acho que exagerou na bebida!

— Ah é, você acha? Eu tenho certeza! — é rude. — Se não tem nada melhor pra falar, então me deixe em paz por um momento!

NAS MÃOS DO PRAZER (COMPLETO)   [+18]Onde histórias criam vida. Descubra agora