Capítulo 18

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Gemidos.

Ouço muitos gemidos misturados com a música incrivelmente sensual e hipnótica, que sai de algum lugar das paredes.

A sala à qual estamos encontra-se à meia-luz e é grandiosa, com camas de colunas altas, além de sofás dispostos nos cantos e uma grande piscina a um pé de elevação, no centro do aposento, com água cristalina e luzes no fundo. Há um fraco faixo de luz posicionada diretamente sobre ela, iluminando um pouco mais os diversos homens descarados que aproveitam a "água". Todos eles estão nus e nem preciso me aproximar mais para saber disso.

Todos com máscaras. A sacanagem rola solta por aqui.

Além dessa multidão na água, há outros homens em atos sexuais nos sofás e nas camas dispostas pelo lugar. São tantos gemidos que meu pau fica duro na hora.

Um sujeito se aproxima de mim, usa apenas uma sunga dourada e uma máscara combinando, com uma bandeja em mãos.

— Deseja alguma bebida?

Olho para a bandeja por algum tempo antes de me contentar apenas com um champagne. Apolo se aproxima e se serve com um copo pequeno contendo uma bebida que imagino ser uísque.

Tomo um gole da minha bebida enquanto observo a deliciosa sacanagem descarada. Apolo me beija com suavidade no pescoço e sussurra em meu ouvido.

— Já está gostando de ficar exposto? — sua pergunta é retórica, contudo o encaro e sorrio. — Sua ereção está gritante, mesmo nesse escurinho.

— Afinal de contas, que lugar é esse?

— Uma festa prive. — toma um gole de suas bebidas. — A maioria dos homens que está vendo são da alta sociedade e eles vem para cá para fazer o que não podem fazer quando estão desmascarados, pois para o mundo são amorosos pais de famílias, dedicados maridos que amam suas esposas e que mantem em segredo o fato de que gostam de foder com outros homens. As máscaras permitem que se entreguem aos seus desejos sem se exporem ao correr o risco de darem de cara com seus colegas de trabalho ou parentes. Essas paredes sustentam os nossos segredos.

Tomo um longo gole de minha bebida.

— Nunca imaginei que algo assim existisse. — comento.

— Existe e te trouxe aqui para compensar o que aconteceu da última vez.

— Para compensar a você ou a mim?

— A nós dois!

— Mais a você do que a mim.

— Alexandre, não viemos aqui para falar sobre putaria, viemos pratica-la.

— E isso? — mostro a caixa que recebemos antes de entrarmos.

— É a caixa de prevenção. — toma um gole de seu uísque e sei que não obterei resposta, portanto trato de lhe entregar minha taça e abro a caixa. Dentro encontro, claro, diversos preservativos e lubrificantes. Nem que eu quisesse usaria todas essas camisinhas.

Pego minha taça de volta e Apolo passa por mim e, sem dizer nada, caminha pelo lugar. Permaneço onde estou, apenas tomando minha bebida e assistindo a sacanagem rolando solta na piscina. Minha calça está absurdamente apertada.

— Por que não está pelado aproveitando? — viro o rosto e encaro um sujeito alto e nu apenas da cintura para cima. Forte e sorridente entre uma barba de lenhador. — Eu gostaria de ver isso.

Sorrio.

— Acabei de chegar.

— Se me permitir, posso ajuda-lo a ficar mais a vontade. — tomo toda a minha bebida, meu coração batendo forte. Gosto do tom safado na voz desse homem. — Me permite?

NAS MÃOS DO PRAZER (COMPLETO)   [+18]Onde histórias criam vida. Descubra agora