Capítulo 10 - A protegida do ceifeiro

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 Primeiramente quero avisa-los que a demora das postagens é por conta da viagem que estou fazendo. Aqui são 5 horas de diferença e minha programação de postagens está uma loucura! 

NET (Niet)- Não em Russo

Natasha ajeitou a jaqueta branca, a touca e a máscara. Checou o endereço pelo celular e depois a foto que havia salvo, eram exatamente aquela rua, atravessou rapidamente antes que algum carro viesse. Caminhou pela calçada e analisou o prédio a frente onde havia um andaime pendurado, as portas e janelas foram fechadas por madeiras e havia um plástico branco preso a parede. Passou os dedos os sujando de poeira, mas não se importou ao achar uma brecha, puxou o plástico e viu a porta com a tranca quebrada, olhou para os lados e entrou. Aquele prédio estava interditado, além das madeiras impedirem o sol de entrar havia papéis pardos grudados, o tempo nublado também não ajudava muito com a iluminação, pegou o celular acendendo a lanterna. O lugar fedia a mofo e urina, as portas do andar de baixo estavam todas fechadas por blocos de cimento, então seguiu em frente e lançou a luz da lanterna para cima vendo mais 3 andares e ali onde estava, ficava uma escada.

 Suspirou pesado vendo o resto daqueles degraus e o corrimão de ferro já enferrujado.

– Merda. - Xingou em voz baixa guardando o aparelho no bolso.

 Ela apoiou o pé esquerdo naquele pedaço de cimento preso a parede contou até dois pegando impulso, a mão agarrou o ferro, o pé direito escorregou deixando algumas pedrinhas caírem no chão, só que não se desequilibrou, escalou até onde pode, mas o piso para o segundo andar tinha uma distância considerável. Olhou devagar para cima vendo outro resto da escada, então, cautelosamente subiu no corrimão o ouvindo ranger, segurou no degrau, ajeitou-se já enxergando o final do corredor do segundo andar. Alguns passos mais a frente e pulou, o tornozelo esquerdo doeu a fazendo escorregar, mas conseguiu impulso para não cair e caminhou para frente mancando um pouco. Abaixou massageando o tornozelo.

– Agora não... por favor. - Sussurrou ainda passando mão onde latejava.

Bufou se levantando, não era nada sério, apenas resquícios da dor, puxou o celular. Já haviam portas abertas ali, mas alguns dos apartamentos tinham buracos imensos no chão, outros vazios apenas com a sujeira de entulho. Ainda estava no meio do corredor quando um barulho metálico a assustou ao final. Lançou a luz naquela direção e não havia nada, levada por sua curiosidade caminhou um pouco mais depressa, a porta da direita estava semiaberta, desligou a lanterna e empurrou a porta.

Aquele apartamento estava melhor do que os outros, havia coisas demais, estava organizado na medida do possível, e seus olhos foram diretamente para os arquivos em cima da mesa torta, mas o barulho metálico a assustou outra vez, e agora, soava ali do seu lado. Havia colchão, fiação exposta onde possivelmente roubava a energia da vizinhança, alguém morava ali. Seguiu até o segundo cômodo, devagar, o barulho do saco plástico no piso a fez dar um pulo, colocou a mão sobre o peito, os olhos foram diretamente para o grande armário velho de metal que balançava.

Com a coragem reunida, Natasha fora até a porta e a puxou, mas estava emperrada, então apoiou a perna no armário usando toda a força que tinha, e conseguiu, mas cambaleou para trás segurando um grito quando um homem caiu dali. Abaixou a touca e máscara, surpresa, aproximou do garoto amarrado com um pano do rosto e provavelmente na boca e descobriu sua face.

– Yuri Tokaryo! - Natasha sabia quem era, ele estava desaparecido a mais de três semanas, foi um dos indiciados pela invasão dos arquivos junto a Karla Fiore.

Coloque as mãos onde eu possa vê-las ratinho enxerido. - Natasha obedeceu de imediato, aquele cano gelado em sua cabeça com toda certeza era uma arma. – Levante devagar e se vire. - Assim fez, encarou a mulher que também usava uma máscara preta com presas estampadas, a abaixou e sorriu de lado. - Olá Natasha Losev.

G.U.Y. - Sob as Luzes da CidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora