Capítulo 28 - Poder Absoluto

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 Como estão meus querubins? Espero que bem. Venho dizer que estou ansiosa para saber como vão reagir a esse capítulo que mostra o desequilíbrio da mente humana e também outras coisinhas (risos maníacos e loucos da autora que não consegue se controlar.) 

 Agradeço sempre o amor, carinho e apoio de todos é muito importante pra mim, e espero que gostem! * A música citada no final chama knockin on heaven's door* 
Boa Leitura!

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 – Seu pai... está em coma.

 Natasha perdeu a linha de raciocínio, foi como levar outro soco, deixou atordoada, os ouvidos zumbiram, ainda bem que já estava sentada pois não sentia as próprias pernas. Derek segurou-lhe o rosto vendo que ficou pálida.

 – Queria ter outra maneira de contar isso... – disse com muito peso na voz. – Houve uma explosão no prédio, Amália e seu pai estavam lá no exato momento, muita gente se machucou e infelizmente morreu. Caleb pode chegar para tirá-los de lá, por isso está com todas aquelas ataduras, também se machucou.

 Ela não conseguia falar, apenas ouvia, as lágrimas escorreram silenciosas pelo rosto, atônita. 

 – Amália está no quarto ao lado, pode, infelizmente perder o bebê, mas a vida dela está menos em risco, não posso garantir ou mentir sobre seu pai. Ele está muito mal. – respirou fundo e sentou-se na frente dela. – Estamos procurando quem fez isso, podem ser os arcanjos, mercenários. Preciso encontrar Nicola o mais rápido possível.

 Natasha virou o rosto, não pode encará-lo ao soluçar em desespero, cobriu o rosto com o braço esquerdo e colocou a mão sobre o ferimento logo em seguida que dera uma pontada aguda. Está sob efeitos dos medicamentos, então a dor intensa de antes não a torturava, mas a dor que vinha de seu peito, pode ser descrita dez vezes pior, qualquer tipo de ação está fora de seu alcance. Ela nunca teve chance de fazer nada, parece que tudo escorregava pelos dedos como água ou no caso, sangue. Olhou para a palma da mão, tinham pequenos cortes feito pelos cacos de vidro, apesar de limpas, conseguia ver aquele sangue de antes quando estava na ponte, depois, um flash rápido de ter atacado Mateo, voltou a mente e então, viu a cicatriz muito antiga que havia em sua palma quase próxima as linhas naturais.

 A risada familiar soou ao seu lado, pode sentir o colchão afundar do lado esquerdo, ergueu levemente o olhar, vendo aquela mulher sorrir, a encarava e por fim balançou a cabeça.

 – Ainda chorando por um cortezinho de nada? – os olhos verdes de sua mãe brilhavam ao observá-la tão fragilizada. – Ninguém vai te ajudar, engula essas emoções Natasha. Me escute, me obedeça e será alguém útil.

 – Natasha? – a voz de Derek a despertou.

 Ela se assustou e a imagem de sua mãe desapareceu, se virou encarando Derek que acariciou seus cabelos, preocupado. Sem responder, apenas se aproximou dele apoiando a cabeça sobre seu ombro, fechou os olhos com força ao sentir seu abraço, Natasha sentia-se em cima daquela linha imaginaria. Derek tinha razão. Quanto tempo ela conseguiria se manter ali sem cair para um dos lados? Estava enlouquecendo.

 Não precisou de palavras para entender que Natasha só o queria que ficasse ao seu lado, mas ele não deixou passar aquele devaneio momentâneo, foi uma súbita mudança de comportamento, seu olhar vago. Ele se pergunta a cada instante qual será o final de tudo aquilo, seja dele ou de Natasha, e nenhuma das respostas que surgia eram agradáveis. Não sabem o quanto Derek detesta dar razão ao Caleb em certas circunstâncias, porém, em diz respeito ao psicológico dela, ele é o único que realmente a entende. Se Hugo não sobreviver, será fatal a suas estruturas, enlouquece ou se mata. Precisa entender mais sobre isso, o que se passa naquela parte de sua mente, pois somente assim, pode tentar ajudá-la.

G.U.Y. - Sob as Luzes da CidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora