Capítulo 14 - Desconhecido em branco

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Espero que todos tenham passado ótimas festas e uma bela virada de ano. Obrigada sempre pelo apoio e carinho. Me perdoem a demora, mas quero trazer uma qualidade melhor para a história.  Boa leitura! <3

  Boa leitura! <3

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23hs30 da noite. - Um dia depois da entrega de prêmios -

Após o tiro certeiro no pneu traseiro daquela moto, a borracha estourou fazendo-a capotar pela rua pelo menos duas vezes, o motoqueiro teve o corpo arremessado e ralado no asfalto, porém mesmo atordoado pode puxar a arma com três ou quatro tiros acertou o tanque da gasolina de sua moto que ficou alguns metros para trás. Os homens que a seguiam tiveram que desviar, alguns também perderam o controle do veículo dando instantes para que pudesse levantar e correr.
Com muita dificuldade correu para um dos becos, tirou o capacete o jogando em qualquer lugar, Liane estava toda machucada, homens vestidos de branco apareceram de repente para levá-la, conseguiu matar três deles, mas eles não paravam de aparecer, não tinha escapatória, puxou o celular que agora tinha a tela rachada procurando os poucos números que conhecia, na esperança que conseguir ajuda.

– Que merda... por favor.

Resmungou enquanto mancava para o mais longe o possível, pode ver um pouco mais longe o mar, onde ficava as docas, naquele ritmo, nunca chegaria. Virou a esquerda avistando um depósito em reforma, passou por baixo do plástico e esgueirou-se pelo vão das madeiras. Encostou-se bem na parede, controlando a respiração, mas a dor na ferida de sua perna além das costelas que começaram a latejar. Olhou mais uma vez para o celular, procurou em seu GPS a melhor localização mandando por uma mensagem e balançou a cabeça.

– Foda-se.

Foi o que sussurrou para si mesma sabendo que seu fim estava próximo, aqueles homens eram muito bem treinados, mais rápidos e obstinados. Não fazia a menor ideia de quem seriam.

EMPIRE – 08hs00 da manhã.

Derek Lynch estava de pé ao lado de Helen sua secretária prestando atenção no noticiário.

– "Ao que parece alguns cidadãos começaram a manifestar-se de maneira religiosa em grandes praças, não deveria ser algo impressionante, até porque muitos homens sobem em caixas e falam sobre apocalipse e quais seriam as almas salvas da perdição. Mas a proporção que isso tomou foi impressionante, não passam apenas de gritos ao vento, os jovens dizem 'eles estão vindo', as pichações citam versos da bíblia e ninguém consegue entender do que falam. Quem são eles? O que será o apocalipse? Com o que estão lutando contra? A humanidade se torna cada vez mais fervorosa com medo do inferno."

E Derek sabia bem o que era o inferno, mas não tinha medo, pois era ele que levava as almas para lá.

– Não sei se devo dizer "que loucura". - Comentou Helen ajeitando os óculos. – Quando se sabe o que tem por ai, da até para entender tamanha devoção.

– É uma doença. - Disse ele, tinha os braços cruzando ainda olhando para a televisão. – Tudo tem que ter um equilíbrio até mesmo sua fé. Ficamos cegos e tudo o que deveria fazer bem se torna o mal.

Respirou fundo caminhando pelo corredor indo em direção a seu escritório, a mulher o seguiu dando pequenas corridas para alcançá-lo.

– Você dormiu Derek? - Perguntou ela o acompanhando.

– Não durmo a semanas. - A frase saiu como se aquilo fosse a coisa mais normal. – Tenho coisas a fazer.

– Derek. - O seguiu dentro do escritório fechando a porta. – Você tem outros deveres, está se movimentando demais, alguém vai perceber. Agora é uma influência no mercado, mídia...

– Quando terminar isso... As coisas voltaram ao normal.

Helen balançou a cabeça, semicerrando os olhos, ele se sentou atrás da mesa abrindo o notebook.

– Pelo menos sabe quem você é? - A encarou. – É Derek Lynch? Ou Mikhail Fedorov? Não pode viver duas vidas sem consequências, uma delas... será arruinada. - Derek apoiou o cotovelo sobre a mesa em silêncio. – Quando me tirou das sombras, mostrou um novo mundo, tenho meu marido, filhos, netos! Quem poderia imaginar? - Aquela senhora sorriu ajeitando os óculos novamente.

– O que faria se alguém tentasse machucar seus filhos? Seus netos? - Perguntou ele sério.

– Os protegeria. - A resposta foi simples e a mulher sabia onde queria chegar. – São situações diferentes querido, você está voltando para as profundezas.

– Eu nunca sai dela Helen, já percebi isso. Quero proteger a empresa e... Tem algo muito estranho em tudo isso, mentiras demais e vou descobrir.

– Seu objetivo era derrubar homens como Domênico Klaus, você elimina traficantes, mafiosos, CEOs corruptos e faz isso porque já foi manipulado, traído, lhe davam objetivos tortuosos e falsos. - Lhe deu as costas e parou abrindo a porta. – Mas não minta para si, porque o que você protege, não é a empresa.

G.U.Y. - Sob as Luzes da CidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora