Capítulo 29 - O Gambito da Dama

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*Não, o capítulo não tem nada a ver com a série do Netflix que só vi depois que existia AHAHA*
Estou orgulhosa desse capítulo e vocês não tem noção do quanto... Sério. Não vou demorar muito aqui, só quero agradecer sempre a todos que apoiam, votam, compartilham, vocês são pessoas especiais na minha vida e gostaria de um dia retribuir todo o carinho. E como sempre digo, sigam no instagram, lá podem me mandar mensagem e ver spoilers! (rollike_abuffalo).
Obrigada de novo! E boa leitura!

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 – Não é hora de ter um ataque histérico, Jordene.

 Inacreditável como a voz calma de Derek deixava o outro ainda mais irritado. Ele andou de um lado para o outro, furioso, então, pegou o vaso de cerâmica tacando-o no chão, segurou a pobre mesa de canto a jogando para longe. Deu um urro digno de batalhas medievais, passou as mãos nos cabelos ruivos e se virou.

 Derek estava sentado na poltrona, um dos braços apoiados no canto e pernas cruzas, seu olhar fixo em cada movimento, mas não havia expressão em seu rosto.

– Só se mantêm assim porque não é a porra da sua empresa! – acusou Jordene lhe apontando o dedo indicador.

– O que quer que faça? Erga o prédio das cinzas? Te chamarão de Fênix? – continuou o acompanhando com o olhar. – Estou tentando ter uma conversa civilizada e produtiva, se me desse evidências de que foi um atentado...

– Mas foi! Que porra!

 Lynch coçou os olhos já cansando de tanta gritaria.

– Jordene... Se controle. – disse por fim. – Quem pode fazer uma destruição dessa? Qual foram seus erros passados? Contatos? Me dê um nome, assim posso pedir para que comecem uma investigação.

 O russo não respondeu, apenas andava de um lado para o outro pisando nos restos do vaso, mordia as unhas, balbuciava, mas nada que Derek pudesse ouvir. Ele enfim levantou da poltrona, aquela conversa não levaria em nada enquanto Jordene não se controlasse e colaborasse.

– Aonde vai?! – praticamente gritou o outro.

 – São nove da manhã em pleno o sábado, estou perdendo meu tempo com um histérico que nem ao menos consegue abaixar o próprio ego. – Derek fora direto e rude, já pegava o sobretudo pendurado ao lado da porta. – Quando decidir abrir o jogo, me ligue, só lembre de manter sua filha protegida.

 – Que se foda a Anya, minha empresa foi explodida, minha vida arruinada, já a falência, decadência... Precisamos...

 Derek se virou agora irritado com tal discurso, terminará de arrumar a roupa e se aproximava do outro.

 – Precisamos nada. – o interrompeu. – Se não é capaz de proteger a própria família porque acha que poderá ter sua empresa de volta? Hm? – lhe apontou o dedo indicador perto da face. – Um atentado contra você não mirará apenas nos bens materiais Jordene, vai afetar sua família, está disposto a ver a própria filha morrer? A fim de que? Dinheiro? Poder? Vai governar o que? As cinzas?

 – Eu já fui o homem mais influente desse país, do mundo... Poder, é o que move o mundo, influência, tenha as pessoas certas na mão, e tudo será seu. Se o meu preço a pagar é Anya, claro que farei.

 Frente a frente a ele, Derek não precisou de muito para colocar toda sua imponência apenas no olhar.

– Nunca foi nada, apenas tinha a ilusão de controle, a primeira oportunidade de abdicar de tudo você agarrou, achando que subiria, mas... Não, sempre foi uma peça, usado e descartável.

 Ele sibilou a responder, mas o outro apenas ergueu a mão para fazê-lo se calar o olhou de cima para baixo.

 – Precisa de mim, sabe que sou o único que atende suas ligações, suas suplicas desesperadas... Ninguém quer fazer negócio com um homem sem valor, alguém que é capaz de vender a própria filha. Você é como sua empresa Jordene... Nada.

G.U.Y. - Sob as Luzes da CidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora