Último verão

Teu beijo - Cap 21

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"esse sorriso esse olhar,
que me fazem delirar,
é impossível ficar perto
e não sentir o coração acelerar"

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Thaís

Nos beijamos mais uma vez e nada daquilo parecia real ainda. Minha vida virou do avesso em semanas, e eu até que estava gostando.

- Pode falar.

- O quê? - ele perguntou curioso

- Você sentiu falta dos meus beijos.

- Talvez eu tenha sentido.

- Não adianta mentir pra mim.

- Senti sim, mas você também sentiu que eu sei.

- Uma vez ou outra. - falei

- Ah, então tá bom.

- Na verdade, eu sempre senti falta de algo, agora eu sei o que era.

Nós rimos e demos um último mergulho, acho que ele já estava querendo ir embora.

- Vamos? - ele perguntou

- Mas já?

- Tem mais um lugar que eu quero te mostrar.

- Qual? - perguntei

- Você já conhece, sempre amou ir até lá, mas acho que ainda não foi.

- Assim você me deixa curiosa.

- É a intenção.

Eu saí primeiro da água e ele custou a sair. Peguei as roupas secas que eu trouxe e comecei a me vestir, mas o idiotão saiu que nem a peppa da água e me molhou toda.

- MURILOOOOOO!

- Hahahahaha, foi maaaal.

- Foi péssimo, idiota.

- Ei, nervosinha, calma. - ele foi até a bolsa dele e me entregou uma blusa. - Tira o short também, a blusa vai ficar um vestido. - ele se aproximou de mim, colando nossos narizes. - como sempre.

Me roubou um beijo e saiu rindo da minha cara de tacho. Ele sabe me deixar sem jeito e se aproveita.

Entramos no carro e quando ele começou o percurso, reconheci o caminho. Se for o que eu tô pensando, nossa, faz tanto tempo que eu não vou.

- Cê não acha que vai ter gente? Olha como eu tô vestida.

- Eu não reclamo. Está perfeita como sempre. - ele me dá uma olhada que causa arrepios até onde eu não sabia que era possível. droga.

- Ué, como vamos entrar então? - mudo de assunto. stratégie.

- Tenho meus contatos, baby.

Reviro os olhos e ele começa a rir. Não cansa de ser besta. Mereço.

Quando chegamos, ele me pegou pela mão e me conduziu para dentro. Esse lugar me traz tanta paz, além de ser a vista mais bela da cidade. Nos aproximamos e nossas mãos estavam entrelaçadas e nem percebemos. Uma figura de cabelos grisalhos apareceu em nossa frente e eu percebi que passei tempo longe demais daqui.

- Ô, meus fedelhos (apelido dela pra gente.) Quanto tempo. Vocês mudaram demais, mas uma coisa parece que não mudou, ein!? Eu disse que vocês foram feitos um para o outro. - ela olhou para as nossas mãos entrelaçadas e só então eu me toquei e soltei rápido.

- Dona Alzira, quanto tempo. - dei um abraço apertado nela. ela sempre nos acobertava quando vínhamos aqui ficar "à sós".

- Ih, o tempo só melhorou pra sempre, ein!?

- Af, sempre modesto, né, Casthellani!? - eles deram um abraço. - Venham comigo.

Murilo encheu tanto o saco dela que ela nem se tocou das nossas vestes

A vista é realmente deslumbrante. Ela nos levou para o ponto "mais alto" e desligou algumas luzes, tornando a vista ainda mais bonita, se é que era possível. Me encostei no encosto que tinha e fiquei boba admirando a vista. É incrível a paz que esse lugar traz. Não sei como consegui ficar tanto tempo longe dessa cidade, eu a amo tanto.

Eu estava tão absorta com a paisagem que só percebi que o Murilo se aproximou quando ele colou o corpo dele no meu, já que eu estava de costas. Ele colocou as mãos do lado das minhas, se apoiando no encosto também.

- A beleza desse lugar só perde pra tua. - falou no pé do meu ouvido me arrepiando de novo. dessa vez ele percebeu e deu uma risadinha. - Eu senti tanto a sua falta. Quanto mais tempo passamos juntos, mais eu acho que todo o tempo que passamos separados foi um sonho porquê as coisas só estão se encaixando agora.

Me virei, ficando de frente pra ele e o olhando nos olhos.

- As coisas acontecem no tempo determinado. Nós nos encontramos agora com o olhar mais firme, o coração mais seguro, atitudes mais maduras… Nós estamos exatamente onde deveríamos estar.

- Exatamente aqui? - ele falou se aproximando.

- Exatamente aqui!

Me aproximei mais dele e dei início a um beijo lento, calmo, sem pressa, só para sentirmos o gosto um do outro. Ele me puxou pela cintura e eu passei os braços pelo pescoço dele. A língua dele pediu permissão e eu deixei, no outro instante elas estavam brigando por espaço. Sentir o gosto dele é tão bom. As mãos dele estavam passando pelo meu corpo, afim de matar a saudade, e eu fazia carinho no cabelo dele. Terminamos o beijo com 2 selinhos e ele deu um sorriso bobo.

- O que foi? - perguntei sem graça.

- Eu amo te beijar, sentir teu corpo tão perto do meu, esse teu cheiro que embriaga qualquer um. Sinto falta de ter o teu corpo inteiro só pra mim. - enquanto ele fala, distribui mordidas e beijos pelo meu pescoço. minhas pernas a essa altura já estão mais que bambas.

- Murilo… - solto no fio de voz que me resta. ele levanta o olhar e encontra o meu. não dá tempo de falar nada, ele me beija ferozmente. um beijo de saudade.

Esse beijo. Senti como se o vazio dentro de mim preenchesse novamente. Esse beijo. Que me faz querer ser totalmente dele novamente. Esse beijo. Que desvenda os meus mistérios, me desarma. Esse beijo. Põe a baixo meus muros, inseguranças, medos. Esse beijo me dá a certeza do nosso reencontro… De almas.

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Esse de longe é meu cap preferido e eu não aguentei segurar ele até terça, então morram de amores comigo

Não esqueçam de comentar e sentar o dedo nessa estrelinha aí hihi 💛