"E que não dá mais pra ficar
Do jeito que tá, eu e você,
E me render pra gente voltar
Que a saudade faz doer" - um44k
_____________________________| Murilo |
"bip"
puta que pariu
Acordei com o som do bip da Thaís e entrei em desespero, eu estava dormindo sobre a minha mesa, depois de ter passado o dia todo tentando arrumar uma solução para o caso dela.
Sem pensar, peguei meu jaleco e saí correndo até o quarto onde ela estava, meu coração estava a mil por hora, comecei a suar frio ao pensar nas coisas que poderiam ter acontecido, aquele bip é para emergências...– Droga de elevador, anda logo. - pensei alto, ainda bem que estava sozinho.
Desci no andar dela, corri até o quarto desviando de algumas pessoas e finalmente cheguei.
Abri a porta com tudo, provavelmente assustando ela, mas e daí?
– O que aconteceu? - perguntei estranhando o fato de não ter ninguém no quarto e ela parecer extremamente tranquila
– Nada, por quê? - perguntou
– Thaís, pelo amor de Deus, meu bip tocou. - falei passando a mão sobre o peito, tentando me acalmar, em vão.
– Ah, isso? Fui eu.
– Estou percebendo, mas quero saber porquê.
– Porque eu queria te ver. - disse ela
Respirei fundo mais uma vez
– Liga pra mim da próxima vez, quando você bipa eu acho que você morreu.
– Então você mentiu pra mim, e eu tenho chance de morrer, né? Não que eu já não soubesse, mas...
– Chance de morrer qualquer um tem, até eu.
– Você entendeu. - disse seca
Infelizmente ela tinha sim chance de morrer, não é uma surpresa pra ninguém, mas eu não vou deixar.
– Por que queria me ver? - perguntei, sentando na ponta da cama dela.
– Percebi que estou completamente errada. - ela disse
– Sobre? - perguntei
Ela bateu na cama, indicando que era pra eu sentar mais perto dela.
– Pronto, senhorita. Agora diga - falei e sorri ao fazer a vontade dela
Ela não disse mais nada, me puxou pela gola e selou nosso lábios, iniciando um beijo calmo, cheio de saudades, não recuei e deixei ela me usar o quanto quisesse, sou completamente rendido sim, é isso. Parei o beijo, olhei pra ela sorrindo, e a beijei novamente.
Paramos por falta de ar.
– Estava errada em mandar você se afastar. Quero curtir cada segundo com você, antes que seja tarde.
– Que bom que decidiu isso, a distância estava me matando. Mas não se preocupe, eu prometo que vou achar uma maneira de te ajudar.
– Não quero que se desgaste por minha causa, nós dois já sabemos onde isso vai dar, e está tudo bem.
– Thaís, não quero mais que diga isso, eu costumo cumprir minhas promessas.
– Ok, Doutor, mas se você não cumprir eu volto para puxar seu pé.
– Nem brinca. Preciso que confiem em mim.
– Eu confio, mas enquanto nada acontece, podemos aproveitar.
– Melchior... - falei sacando as intenções dela
– Ih ou, que foi? - perguntou se fazendo de desentendida
– Não me testa, sabe que eu sou fraco, e você também está.
Ela me olhou como se só agora tivesse entendido o que eu estava dizendo
– Você é muito pervertido, eu falei sem maldade.
– Tá querendo enganar quem?
– Ah, dá licença vai.
Caímos na risada e ficamos nesse dilema por um bom tempo, até que desistimos de tentar decidir quem estava certo.
Acabamos conversando sobre diversas coisas, nos beijamos, voltamos a conversar, cantamos, conversamos mais um pouco e ela caiu no sono pouco depois.
Eu sempre fui muito indeciso, sempre pedia pra decidirem por mim, nunca tinha certeza de nada, mas depois de conviver esses dias com ela, me fez pela primeira vez na vida, ter certeza de duas coisas, que eu a amo, e que não suportaria vê-la partir.Ajeitei ela no travesseiro e saí de fininho pra ela não acordar.
Durante o caminho até minha sala, passei no banheiro e lavei o rosto para me despertar. Fui até a lanchonete e comprei um café forte para me manter acordado aquela noite.Dois dias haviam se passado e eu já estava frustrado de não ser capaz de encontrar um jeito de tirar Thaís dessa, e, infelizmente meu tempo, ou o dela, está acabando.
Cheguei na minha sala e reparei em algumas gavetas que eu nunca havia mexido. Comecei a revirar e encontrei vários papéis, laudos, coisas de medicina, aparentemente eram do Antonny, até porque essa sala já foi dele, mas um papel em especial me chamou muito atenção.
Era um artigo relatando sobre um caso parecido com o de Thaís e eu comecei a devorar as páginas daquilo no mesmo instante.
Levantei do chão aonde eu estava e sentei na minha cadeira para ler com mais calma.
Aquilo era a luz no fim do túnel.Essa é nossa única chance, e precisa dar certo.
Meu Deus, eu realmente não estava entendendo como eu não havia pensado naquilo. Resolvi não dizer nada a ninguém, nem a Thaís por enquanto, preciso ter certeza que irá dar certo, precisa dar certo, é a única alternativa.
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Irra, falei que ia postar um hoje, não falei? hihi
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quem sabe meu humor melhora do nada e eu solto outro ✌🏻😗
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Último verão
RomanceTHARILO Thaís e Alex tinham a vida perfeita (para quem visse de fora). Ótimos empregos e alto padrão de vida, mas um ou dois fatos inusitados fariam com que aquele castelo encantando estivesse prestes a ruir. Os amigos de Thaís ao saberem da metade...