Hora de dar tchau - cap 32

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Murilo

Estacionei o carro, estava nervoso sem motivo, respiro fundo… ok, vamos lá.

– Chegamos. - falei

– Mas aqui não é a pizzaria, que lugar é esse? e por que está tudo escuro?

– Você já vai entender.

Desci do carro e ajudei ela a descer. Realmente estava tudo escuro. Abri a porta do restaurante de Júlia e passamos pelo salão, que estava vazio, mas que seria usado mais tarde.

– O que estamos fazendo? - ela sussurou

– Por que está sussurrando? - perguntei

– Não sei, talvez por estarmos invadindo um lugar?

eu ri e ela me encarou sem entender

– Calma, bixinha, não estamos fazendo nada errado.

Estava prestes a abrir a porta que dava para o deck de madeira, onde as pessoas comem de frente para o mar, esse restaurante é um arraso.

– Pronta? - perguntei

– Acho que sim. - respondeu

Abri a porta, as luzes de lá se acenderam e confetes voaram para cima.

– Surpresa! - gritaram todos

Thaís ria surpresa e sem entender muito, acho que ainda estava processando a informação.
Quando a ficha caiu, já estava todo mundo em cima dela abraçando e dando parabéns, tadinha, quase some no meio de todo mundo.

– De quem foi essa ideia maluca? - perguntou quando me viu

– Umas mentes aí, por que? Não gostou? - perguntei

– Gostei, só não esperava.

Vivian e Júlia chegaram, me ignoraram e levaram Thaís com elas. Como eu não podia lutar contra elas, sentei por ali para descansar um pouco.

– Murilo? - Dani chamou se aproximando

– Oi Dani.

– Já falou com ela?

– Não encontrei o momento certo ainda, tá difícil.

– Tudo bem, não esquece que o tempo está passando…

– Fique tranquila, vou falar com ela, assim resolvemos tudo, mas não vai ser fácil.

–Vai desistir? - perguntou

– Claro que não.

– Ah bom, dá seus pulos, eu sei que consegue.

– Pode deixar, general. - falei batendo continência

Ela riu e balançou a cabeça negativamente, saindo em seguida.
Resolvi ir atrás de Thaís, estava chato ficar sozinho.

Entrei dentro do salão e a maioria das meninas estavam dançando, até minha mãe estava, resolvi deixar para falar com ela depois. Fui até o bar (Ideia minha de colocar um bar no restô de Júlia) e sentei em uma daquelas cadeiras.

– E então, vai querer o que? - o barmam perguntou

– O de sempre, por favor.

– Perdão, sou novo. O antigo barman precisou sair.

– Me desculpe, nem reparei, prazer, Murilo.

Ele olhou pra mim e fez uma expressão confusa, parecia que me conhecia.

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