O melhor e o pior de mim

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Draco

— E o que você vai fazer? — Blás me perguntou depois que contei sobre o natal.

— Vou ficar em casa ué — bufei atirando mais um dardo no alvo pintado na parede. 

— Não quer ir passar com os Weasleys? 

— Não é querer, Zabini — atirei mais um acertando o centro — Não vou forçar uma aproximação. Sabe que não sou assim e não faço questão. — meu humor estava pior do que qualquer outro dia.

— Mas nem por ela. São a família da Granger. — ele se levantou e me encarou — Se você pensa em um futuro com essa garota, deveria pensar em como amenizar todo o caus do passado. — eu sabia disso, mas meu gênio irritante tinha resolvido dar as caras.

— A verdade é que não sei se quero o fardo que acompanha a Granger. — desabafei — Eu gosto do que temos e não quero perdê-la por nada, contudo saber que sempre vou ter que dividi-la com aqueles dois ainda não me agrada. 

— Você tem ciumes deles, principalmente do cenoura — sorri de lado.

— Descobriu o mundo bruxo — isso era uma coisa estampada em minha testa — Eles são importantes para ela, talvez um dia ela tenha que escolher e eu não quero me decepcionar.

— Ela nunca te deixou no escuro Malfoy, sempre te fala tudo que está pensando e tentando fazer. — Blás me segurou pelos ombros e me chacoalhou — Acorda, se continuar achando que não tem que abaixar a cabeça para nada e ninguém, vai perder ela e todo o resto que está acontecendo em sua vida.

— Ela me odiaria se soubesse que ainda tem muito do antigo Malfoy aqui.

— Não, não odiaria. — seu olhar sério me fez entender. — Conversa com ela Malfoy e abra esse coração. 

— Ela me conhece melhor do que você Blás — derrubei os últimos dois dardos da minha mão. — Ela sabe minhas fraquezas e meus medos. Ela viu como eu posso ser nos meus piores momentos e que ainda tenho muito que consertar.

— Então continue lutando e se agarre a essa garota que até agora só te fez bem.

— É o que estou tentando fazer, mas sempre tem algo tentando me impedir de ficar com ela.

— Somente você.

— Eu?

—Sim, você arranja um milhão de empecilhos, cria histórias que não existem e se fecha.— apertando um pouco mais meu ombro ele continuou— De uma chance, deixa a garota arrumar do jeito dela as coisas e aceite o que ela propor. — ele me soltou e saiu da sala de aula em que estávamos. 

No dia seguinte seria dia 23 e ela iria encontrar com seus pais e eu iria para minha casa ficar com minha mãe, tudo estava sob controle exceto minha vontade de esmagar tudo pela frente e raptá-la.

Sai da sala e andei apressado não querendo que ninguém me parasse, nem mesmo a Granger. Corri de volta para o meu dormitório  e joguei meus livros de qualquer jeito em um canto do quarto e me soltei na cama. 

Ali não parecia nada comigo, aquele não parecia eu, não meu novo eu.  Levantei da minha e corri para o quarto da minha morena e ali sim eu me senti eu novamente. Abracei seu travesseiro e inalei o perfume inconfundível de morango com champanhe.

Pensei em tudo que Blásio tinha me dito e entendi que nada seria exatamente como eu queria, que as vezes eu teria que abrir mão de todo o controle que queria ter para ver minha familia e amigos bem. Tentei ficar feliz por minha morena ir passar um tempo com os amigos e eu ficar um tempo com minha mãe, contudo algo dentro de mim relutava com essa separação, mesmo que temporária.

Dramione - Um motivo para acreditarOnde histórias criam vida. Descubra agora