Aprendendo a amar

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Hermione

Harry me abraço forte enquanto todos se afastavam e percebi o olhar de dor que Malfoy me lançou antes de sair do quarto. Eu não entendia como tudo aquilo era possível. Como eu me envolvi com Draco Malfoy e acabei fazendo um bebê com ele.

— Me conte Harry, por favor, eu preciso de respostas — supliquei e ele me contou tudo que sabia do seu ponto de vista. Todos os detalhes das brigas e das tentativas de me fazer afastar de Malfoy e como ele se surpreendeu com a dedicação que ele tem a mim e todo carinho e amor que provava a cada dia.

— Isso não é possível — chorei escondendo meu rosto em minhas mãos.

— É tão possível Mione, vocês foram feitos um para o outro — ele me abraçou novamente. — Tenho certeza que ele está afundando o chão lá fora tentando entender tanto quanto você. — ele retirou minhas mãos e me fez encará-lo — Nunca vi o Malfoy assim com ninguém, ele te ama mais que a própria vida.

— Esse não é o Malfoy que eu me lembro — bufei.

— Por isso mesmo que você se apaixonou por ele. — ele se levantou da cama puxando o carrinho de desjejum que uma enfermeira tinha trazido a alguns minutos. — Ele mudou para se encaixar em você. E posso dizer que você fez o mesmo. — franzi o senho olhando sem entender — Você mataria qualquer um pelo fuinha. — gargalhei da minha própria desgraça.

— É reversível esse feitiço que Naox me lançou? — Harry depositou uma xícara de chá em minhas mãos. — Não posso ficar assim.

— Os médicos vão tentar alguma coisa somente amanha, mas no seu estado acho pouco provável eles lançarem feitiços muito fortes de reversão. — pousei minha mão na barriga e tentei me imaginar mãe.

— Harry eu só tenho 18 anos, como posso ser mãe? — lágrimas se acumularam embaixo dos meus olhos — Eu não sei cuidar nem de mim.

— Que mentira Granger — ele se sentou novamente na cama — Você é quem mais cuida de todos, se estamos aqui é por causa de você! — ele beijou minha testa tentando me confortar — E tenho certeza que Malfoy não vai te deixar sozinha, mesmo que você tente negar a existência dele em sua vida.

— Eu não posso excluí-lo assim da vida do bebê, mas e se eu nunca recuperar a memória sobre nós? Como vai ser? — Harry riu com o meu desespero.

— Vocês tem uma empresa para gerir, vão ter que aprender a conviver — olhei assustada me lembrando da MedPoções, mas não conseguindo ver o rosto do meu sócio.

Várias imagens invadiam minha mente, mas em todas era apenas eu e um borrão, não havia voz, rosto, cheiro. Não havia mais ninguém, somente eu sorrindo, me divertindo, sendo feliz.

— Pode pedir para ele entrar Harry? — falei por fim, eu precisava juntar o quebra cabeça que estava em mim.

— Quer que eu fique? — perguntou se levantando da cama.

— Não, se você confia nele, eu também confio. — ele confirmou com a cabeça e saiu.  Tentei tomar o chá que agora estava frio e fiz uma cara feia para o gosto aguado.

— Café sempre foi o seu preferido — Olhei e vi Draco parado na frente da porta fechada, me observando.

— Quem consegue tomar essa água saborizada — mostrei a linguá pra ele que riu da minha cara. É talvez Malfoy tenha mudado. Ele se aproximou da poltrona ao lado da minha cama e me pediu permissão para sentar. — Claro. — uma timidez gigante tomava conta de mim.

— O Potter me disse que queria entender tudo que está acontecendo. — fiz que sim com a cabeça—Até onde lembra? — puxei que minha ultima lembrança dele era entrando no trem para o inicio do ano letivo.

Dramione - Um motivo para acreditarOnde histórias criam vida. Descubra agora