Meu presente de Natal

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Hermione

Fazia tanto tempo que eu e meus pais não ficávamos juntos, só nos três, que tê-los ali comigo parecia um sonho. Assim que cheguei em casa eles me arrastaram para um shopping para comprar presente para meus amigos. Havia tanta felicidade naquele ato eu tinha medo dele acabar a qualquer momento.

É claro que eu iria amar ter meu loiro rabugento ali comigo, falando que eu não deveria comprar aquele monte de coisa e sim dar presentes mais úteis. Sentia falta de olhar ao redor e perceber que ele estava ali sempre por perto para me amparar caso algo não estivesse certo. Sentia mais falta ainda de dormir em seus braços a noite podendo esquecer de tudo que um dia aconteceu com a gente.

— Pensando nele, filha? — meu pai me perguntou enquanto olhava uma vitrine de relógios trouxas.

— Está tão evidente assim? — falei sem graça.

— Você o ama e isso está no seu sorriso, no seu modo de falar e de olhar — eu corei enquanto ele falava —Tudo em você reflete o sentimento que cresce cada dia mais ai dentro — ele me abraçou pelos ombros — E fico feliz em saber que ele retribui todo esse amor — sorri.

— Ele tem alguns medos, mas eu sei que me ama da mesma forma — meu sorriso saia fácil.

— Ele vai passar o natal com a gente? — minha mãe chegou até a gente e andamos até a praça de alimentação — Seria bom ter ele e a mãe conosco.

— Ainda não sei mãe, ele ficou de conversar com a Narcisa e me avisar. — mas isso já fazia algumas horas e não havia nenhum sinal dele em nossa carta infinita.

— Se ele não for, nós vamos visitá-los — meu pai falou dando de ombros — Estou com saudade do meu genro. — falou observando minhas reações.

—Eu também estou. — minha mãe cantarolou — Filha, já comprou um presente para ele? —sorri derrotada.

— O que se dá para alguém que tem tudo? — falei indignada.

— Algo que ele sempre achou que não era merecedor. — meu pai pontuou.

—Pelo que você diz, Draco teve uma infância difícil, deve haver algo que ele comentou que queria e nunca teve. — minha mãe disse.

— Uma vez ele me disse que sentia falta de ter alguém em quem pudesse confiar sem medo, ter certeza de que essa pessoal não o iria abandonar. — relembrei nossas conversas — Ele sempre teve medo do pai e sabia que a mãe faria qualquer coisa por ele, mas tinha medo por ela. Talvez se eu pudesse dar algo que representasse o que ele é para mim isso lhe daria uma garantia que não vou a lugar nenhum. — bati palmas e beijei meus pais. —Vocês são incríveis.  Me desculpem mas tenho que ir até o beco diagonal. — os beijei novamente e corri até um local onde nenhum trouxa me visse aparatar.

Mal coloquei meus pés no chão e vi o amontoado de pessoas correndo de um lado para o outro com suas sacolas de presentes. Todas as lojas estavam cheias, mas eu sabia exatamente onde ir. Corri o mais rápido que pude e logo parei em frente a joalheria da senhora Ducanessi, a melhor artesã de todo o mundo bruxo.

A pequena sineta tocou assim que entrei e uma senhora de cabelos grisalhos apareceu com seu sorriso tímido. Aquela mulher era a perfeição em pessoa, mesmo com todos os cabelos brancos e as rugas que já tomavam seu rosto, ela possuía uma pose elegante com os cabelos bem penteados, suas roupas sem nenhum amassado e joias que nos faziam suspirar só de ver.

— Menina Granger, a quanto tempo não a vejo. Achei que tivesse se esquecido dessa pobre senhora.— corri para abraçá-la. — Fiquei sabendo de um boato, é correto? — ela me avaliou.

Dramione - Um motivo para acreditarOnde histórias criam vida. Descubra agora