Hermione
Cheguei aflita na sala dos monitores, nunca atrasava, mas hoje um aluno do 7 ano me interrogou por mais tempo que os outros e eu não conseguia me livrar dele. Entrei na sala com todos me olhando, via sorrisinhos e conversinhas todos voltados aparentemente para Draco que estava de costas observando além da imensa janela a sua frente.
— Pode me dizer qual o problema, Filmor — perguntei no exato momento que Nestor apontava para Draco. O menino me olhou branco percebendo que eu via o que ele estava fazendo.
— Na..nada Hermione. — gaguejou se endireitando na cadeira.
— Parecia muito interessante querido, exponha para todos.— disse me sentando na mesa de reunião e o encarando. Draco se aproximou e sentou do lado dele. Ou ele não tinha percebido ou fingia não saber que estavam falando sobre ele.
— São apenas coisas da escola, nada demais — tentou desconversar novamente.
— Iremos conversar a sós após a reunião geral, se não tiver problema — falei séria e vi o garoto engolir seco. — Mais alguém deseja compartilhar algo ou podemos começar a reunião? — depois da conversa com o menino do 7 ano, eu estava mais azeda que o normal. — Que bom, eu ia começar dando algumas instruções, mas por motivos óbvios — olhei novamente para Nestor — Vou começar com um aviso e espero que prestem bastante atenção — eu sabia exatamente o que Malfoy sentia, para ele não era tão fácil, ser crucificado e glorificado quando se quer ficar quieto no seu canto, é muito ruim, as pessoas correm atrás de nós para saber como foi, o que sentimos, o que queremos. E posso afirmar, só queremos paz. — Primeiro, não quero mais ouvir qualquer tipo de fofoca, gracinha ou descaso dentro dessa sala. Lembrem-se : vocês são monitores e estão aqui para ajudar qualquer um que precise e não para julgar. Segundo —olhei para todos desviando meus olhos de Malfoy — o que ficou na guerra ficou, não houve ganhadores naquela batalha, apenas perdedores. Todos nós perdemos amigos, parentes, irmãos. Como isso pode ser considerado ganhar? Não há uma noite se quer que eu não pense na devastação que isso nos trouxe. Então deixem de lado o rancor e o ódio que possuem e sejam melhores do que são, para que outra tragedia daquela não aconteça nunca mais — minha voz já estava mais aguda do que eu queria, mas todos ainda me olhavam com atenção — e por fim, por favor não levem para o lado pessoal as coisas que estou dizendo e nem tirem dessa sala o que comentamos. Isso é inadequado, estamos tentando ajudar a escola prosperar. Alguma dúvida? — falei esperando que ninguém levantasse a mão.
— Apenas uma —Olivia, monitora da lufa-lufa se pronunciou.
— Sim.
— E se não confiarmos nos outros monitores ?— seu olhar mirou o de Draco que ficou ainda mais carrancudo. Os outros monitores confirmaram com a cabeça me deixando ainda mais desconfortável.
— Parece que o que eu disse não teve efeito algum em você —falei sarcástica —Enfim, mas alguma dúvida? — a menina me olhou incrédula e tentou argumentar, mas eu a cortei — Já que não, vamos para as instruções.
Passei para eles tudo que a diretora tinha me pedido, alguns grupos de alunos do primeiro ano estavam tendo dificuldade em se achar entre as trocas de aulas, outros alunos ainda se assustavam com os fantasmas do castelo e alguns ainda não entendiam porque alguns andares eram proibidos. Passei e repassei tudo o que podia.
— Por fim, gostaria de saber se está sendo muito difícil ser monitor individual por casa. Nos outros anos tinham um casal de monitores por casa, esse ano tentamos com um só, porém estou achando insuficiente.
— Seria ótimo Herminone, a momentos que as meninas ficam um pouco timidas para nos contar algumas coisas e não temos a quem recorrer, somente você e Olivia como monitoras e vocês estão sempre correndo com suas atividades —Joy, um garoto magrinho da grinfinória comentou.
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Dramione - Um motivo para acreditar
FanficNum pós guerra diferente do contado pelos livros, descobrimos uma amizade impossivel surgir. Como o inimigo pode ter tantas afinidades? E se tudo o que está acontecendo for apenas invenção para uma emboscada? São tantos contras que não há possibilid...