Infinita paz

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Draco

Ver aqueles dois ali me tirava da zona de conforto que eu me encontrava, me esqueci completamente que sempre teria que dividi-la com eles, e isso era uma coisa que eu ainda não  estava muito disposto a fazer.

— O que fazem aqui? — Hermione perguntou se aproximando deles e abraçando Harry. Ela encarou Rony e apenas maneou a cabeça. Fiquei parado atrás dela a alguns passos medindo o que poderia acontecer.

— Eu disse que viria te visitar. —Harry falou ainda me encarando.

— Só não disse quando, né? — ela falou rindo e ele olhou para ela. 

—Pelo visto estamos atrapalhando Harry. — Rony bufava sem parar e essa proximidade deles estava me deixando no modo Malfoy do passado.

— Hermione, vou para meu quarto, se precisar de algo me avise — ela segurou minha mão e apertou.

— Não se preocupe Draco. — não resisti e dei um beijo em seu rosto para testar os limites do Weasley. Não durou mais que um segundo, mas ela ficou corada do jeito que eu tanto gostava e o cenoura estava a ponto de explodir. Passei por ele e dei meu melhor sorriso sacana insinuando coisas que nunca tinham acontecido, Potter teve que segurar o imbecil para que não me seguisse.

Voltei o mais rápido que pude para o nosso dormitório, a verdade é que eu queria quebrar qualquer coisa que aparecesse na minha frente, só pelo gosto de imaginar que poderia ser a cara do Weasley. Nunca fui bom em controlar minha impulsividade e não seria agora que eu conseguiria. 

Andei de um lado para o outro na sala comunal, tentei não imaginar ela voltando para ele ou atendendo qualquer pedido daqueles dois e indo embora da escola mais cedo.

— Não, ela não faria isso. — não poderia fazer, ainda tínhamos tanto para fazer, minha mãe começará o tratamento semana que vem e quero compartilhar com ela cada momento de lucidez da Sra. Narcisa. Tudo estava indo tão bem, porque agora eles tinham que aparecer? Respirei fundo e me joguei no sofá, precisava ocupar minha mente de qualquer jeito. 

Subi para meu quarto e tomei um banho gelado para abaixar toda a erupção que estava em meu corpo e mente, queria a todo custo apagar a raiva que eu estava sentindo. Me troquei e coloquei um moletom preto e deitei na cama, puxei um livro qualquer para tentar me distrair um pouco, sem sucesso.

Fiquei ali me escondendo por algumas horas, que mais pareciam dias, já estava ficando preocupado quando ouvi alguns gritos no salão comunal. Desci para ver o que acontecia, quando cheguei na bifurcação que levava para os nossos quartos, Hermione passou por mim, percebi que a manga da sua blusa estava rasgada e a minha linda garota chorava muito. Em um piscar de olhos ela já estava trancada dentro de seu quarto. 

Olhei de relance para a porta fechada quando outra pessoa tentava alcançá-la, porém fui mais rápido e a fiz parar.

— Ninguém sobe — falei para a ruiva que eu havia detido, logo atrás estava o Potter e o Weasley. 

— Preciso falar com ela Draco. — Gina tentou passar e eu bloqueei novamente a passagem.

— Ninguém sobe. — falei ainda mais ácido. 

— E você pensa que é quem para falar qualquer coisa? — o cenoura gritou empunhando a varinha.

— Essa é a minha casa, eu sou monitor chefe e vocês não são bem-vindos. FORA! —gritei empunhando a minha.

— Quieto Rony — Gina e Harry gritaram para ele.

— Por favor Draco, me deixe falar com ela — Gina pediu novamente. E novamente indiquei a porta. — Draco, se eu não posso,  você pode, por favor cuide dela para mim. — ela falou descendo e puxando Harry e Rony com ela.

Dramione - Um motivo para acreditarOnde histórias criam vida. Descubra agora