- Você trouxe toda papelada? Pergunta a mulher.
- Sim está tudo aqui. Diz minha mãe entregando o envelope com toda documentação para a mulher, que entrega para uma mulher que está parada ao seu lado, assumo que essa deve ser advogada do abrigo, pois ela analisa cada um dos papeis minunciosamente, o que leva bastante tempo e me deixa ainda mais impaciente do que já estava, a mulher conclui sua tarefa e assente positivamente para a diretora.
- Muito bem vamos pegar seu filho. Diz ela fazendo sinal para que a sigamos, quando chegamos no corredor ele perece que dobra o tamanho, adentramos a mesma sala de ontem e logo avistamos Pietro sentadinho no mesmo lugar, e como ontem o olhar amedrontado e cheio de apreensão está ali, a diretora se aproxima dele e fala.
- Meu menino como explicamos para você, esta moça veio para levar você, ela e seus irmãos estão ansiosos para ficar com você, seja bonzinho com eles tudo bem?
Pietro olha na nossa direção depois assente para a mulher, levanta e caminha até onde estamos, para perto da minha mãe mas não fala nada.
- Vamos indo meu amor? Minha mãe estende a mão para ele, que hesita ao segurar, olha para a diretora que assente para ele falando.
- Está tudo bem, eles não vão te machucar, vieram porque vão cuidar de você.
Era a confirmação que ele precisava para segurar a mão da minha mãe, a diretora entrega as coisas do pequeno para meu irmão, não é muita coisa somente uma pequena mochila e o boneco que Kal deu a ele. Minha mãe toma algumas instruções a mais sobre Pietro, e seguimos para o carro, sento no banco traseiro ao lado de uma cadeirinha que colocaram para ele, minha mãe se acomoda no seu lugar no banco da frente e partimos, Pietro passa a maior parte do tempo entretido com seu bonequinho, e eu fico olhando para ele buscando uma forma de puxar assunto e formar uma intimidade, mas como falei não tenho a mínima noção de como conquistar crianças.
- Pietro. Digo chamando sua atenção para mim. – Você gosta de sorvete? O rosto dele parece se iluminar um pouco.
- Sim. Ele diz timidamente olhando para o boneco novamente.
- Qual seu favorito? Continuo minhas perguntas, ele fica um pouco inquieto. – O meu é de chocolate. Falo para fazê-lo se soltar e falar.
- O meu também. Ele fala ainda tímido.
- Você gostaria de ir na soverteria agora? Agora ganhei sua atenção de vez, ele me olha animadamente e pergunta.
- Eu posso ir? Fala um pouco mais alto
- Claro que sim meu amor. Dessa vez quem responde é minha mãe. Os olhos do pequeno brilham, Kal anda mais alguns quarteirões, até chegarmos em um sorveteria não muito movimentada, estaciona na frente e descemos, minha mãe ajuda a Pietro se desprender da cadeirinha, caminhamos alguns passos, ele me olha de maneira desconfiada, chego perto e pergunto.
- Algum problema meu amor? Ele olha para cada um de nós, demora um pouco mas fala.
- Ele não vai brigar com vocês moça? Não entendo a princípio a pergunta dele, só ao olhar para o rosto de Kal que está com a mandíbula rígido e seu rosto é gélido, olho para minha mãe que também tem uma expressão sombria no rosto, me toco do "ele" a quem Pietro se refere, e sinto minha garganta fechar e a raiva se apossar de mim, mas faço o possível para voltar a controlar minha expressão, abaixo para ficar cara a cara com o meu irmão e falo.
- Ele nunca mais vai chegar perto de você meu bem, nós prometemos. Ele ainda parece desconfiando da minha informação, mas fala.
- Você pode segurar minha mão moça? Minha mãe disse que se ficássemos de mãos dadas tudo ficaria bem. Meu coração se aperta, mas assinto, levanto e estendo a mão para ele que segura sem demora.
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Bad Girl (Concluído)
RomanceDizem que os opostos se atraem, mas e quando a regra é quebrada e os iguais se atraem o que pode acontecer? Kate e David estão chegando para responder essa pergunta, a melhor amiga de Lavínia agora também vai contar sua história. Katherine Madison...