Capítulo 10

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Na quinta-feira de manhã Louis já não estava com o rosto tão vermelho quanto antes, ele nem se quer me olhava, eu não entendia bem o porquê, será que ele tinha medo de que eu descobrisse o que acontecia para aparecer com esses hematomas no rosto?

Yuri me enchia o saco me lembrando todos os dias da aposta, dizendo que nem ao menos eu estava implicando com ele, não via mudança, para ele Louis não estava nem um pouco apaixonado por mim. Eu concordava em partes, porque eu tenho a certeza que esse jeito de ele me tratar significava outra coisa.

A sala esvaziou rapidamente quando o sinal soou para o início do intervalo, Louis como sempre ficou na sala lendo um de seus livros, eu olhei para ele e sorri, não sei porque, mas não tinha um dia que eu não pensasse em provoca-lo. Estranho, né? Eu sei.

Como todas as outras vezes parece que ele adivinhava que eu chegaria perto e rapidamente se levantou indo em direção a porta, mas fui rápido e a fechei. Ele me olhou como sempre, inexpressivo com aqueles tão lindos olhos claros. Já mencionei que eu amo olhos claros?!

- Sonhei com você... E sabe o que aconteceu? - Sussurrei bem próximo a seu ouvido. Ele me olhou seriamente, sabia que se eu falasse que sonhei que estava fodendo ele sairia sem os dentes da minha boca, mas mesmo assim arrisquei. -... Acordei de pau duro. – Os pelos de seu pescoço se eriçaram e eu sorri com isso, mas o que veio depois fez odiar a mim mesmo. Eu sou masoquista só pode. Com certeza eu sinto prazer em sentir dor.

Senti uma ardência no meio das minhas pernas que me fizeram ir ao chão, como doía, o filho da puta me deu um soco no pau. NOVAMENTE. Eu com certeza teria que falar para ele mudar essa tática, mas como ele mudaria se eu sempre caía?

- Caralho, Louis. - Olhei para ele com os olhos cheios d'água. - Porque faz isso? Sabe que assim eu não posso te foder mais tarde. - Dei um sorriso de lado pra descontrair.

- Vai se foder. Eu vou te deixar aleijado se ficar fazendo gracinha comigo. Seu imbecil.

- Adoro você com ... Raiva é tão lindo. - Disse com dificuldade, ainda segurava meu pênis, doía demais. Louis apenas revirou os olhos e saiu da sala me deixando sozinho. Apenas eu e minha dor que fazia latejar meu pau.

(...)

Depois de conseguir me levantar e ir até o refeitório comer alguma coisa, voltei para sala e esperei o professor de biologia chegar e entregar os papeis avisando sobre o acampamento que faríamos. Seria três dias como ele mesmo tinha dito, três dias no meio do mato. Suspirei, sem sinal de telefone, sem ninguém ... sem ninguém? Sorri ao repetir essa frase. Isso quer dizer que eu poderia fazer qualquer coisa e ninguém veria, como fazer sexo no lago, ou então invadir a barraca das meninas no meio da madrugada.

- Do que você ri? – Yuri perguntou me olhando.

- Vamos acampar no meio do nada. – Ele me olhou esperando que eu falasse algo realmente interessante.

- E daí? É apenas mato, Logan. – Ele revirou os olhos.

- Realmente, apenas mato. O que dá para fazer muitas coisas. – Sorri maliciosamente e ele entendeu.

- Você realmente não presta.

- Já me disseram muito isso. – Mordi o lábio inferior pensando em como seria bom esses três dias de acampamento.

O professor entregou o bilhete contendo a informação sobre os três dias de acampamento e avisou quem fosse menor só iria com a autorização dos pais. Depois disso a aula seguiu tranquilamente.

Cheguei em casa e mostrei o bilhete para meu pai, já estava acostumado a ver Ágatha transitando em minha casa, agora até com roupa normais, nada de terninho ou vestidinho sob medida, ela já se sentia em casa como eu me sentia à vontade com ela na minha casa.

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