Capítulo 16 Pov Louis

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Não lembro quando dormir, mas fui acordado pela minha mãe já a noite para que eu buscasse cigarro que o dela havia acabado. Levantei e peguei o dinheiro que ela me deu e fui até a venda, comprei os cigarros e quando estava voltando vi Logan próximo a minha casa.

- Ei, Louis! – Ele me gritou descendo da moto e vindo atrás de mim, andei o mais rápido possível que eu conseguia. – Louis, porra! – Gritou e eu corri para casa afim de não ter que falar com ele.

Cheguei em casa quase sem folego, meu peito subia e descia rapidamente. Mas qual era o motivo mesmo de eu ter corrido? Medo, talvez? Coloquei os cigarros em cima da mesa e voltei para meu quarto, seria um longo dia amanhã.

- x –

Uma semana havia passado, uma semana de sentimentos confusos. Primeiro Logan me seguia para todo lugar que era da escola, me fazia inúmeras perguntas, me agarrava e me fazia sentir coisas estranhas sobre ele.

Depois Thurenne não estava gostando de nada disso, eu me sentia ridículo por isso, ele chegou a me bater por falar com o novato, e por isso acabei me cortando não só na vez que Louis me pegou fazendo automutilação no banheiro, mas outras vezes em casa.

Odiei a professora de sociologia dizer que eu teria que fazer trabalho com ele, quanto mais eu tentava me afastar mais o destino fazia com que ficássemos mais perto.

Matteu decidiu me atormentar todos esses dias em que Logan tentava falar comigo ele e seus amigos resolveram me perturbar com ofensas e xingamentos. Eu não ligava, mas ver o menino que eu cheguei a "gostar" um dia me tratando dessa maneira era doloroso.

Eu já estava começando a sacar o joguinho de Logan, ele tentava chamar minha atenção de todos os jeitos e em uma dessas foi quando ele pegou a Evellyn a menina da nossa turma, ele a beijava e passava a mão por seu corpo me olhando, eu tentava não demostrar nada a não ser indiferença. Eu apenas taquei o foda-se.

O intervalo soou e todos saíram da sala rapidamente, peguei meu livro dentro da mochila e comecei a ler não me importando com quem estava ao redor. Mas parei ao ver Logan a minha frente me analisando, o vi levantar a mão e tocar em meu rosto. Eu sabia que meu rosto ainda estava ferido por conta dos socos e tapas que tinha levado na semana por ter ficado perto dele, meu tio não gostava nem um pouco que eu me aproximasse de Logan.

Sentir sua mão tocando em meu rosto era uma sensação diferente, uma sensação que eu tinha medo. Foi com esse medo que o encarei seriamente para ver se ele se tocasse do que estava fazendo.

- Que caralhos você está fazendo. – Dei um tapa em sua mão.

- Quem te machucou?

- Isso não é da sua conta. – Fechei o livro e levantei.

- Você não pode pelo menos ter uma conversa decente comigo?

- Não!

- Eu estou apenas querendo te ajudar. – Ele bufou.

- Eu não preciso da sua ajuda, nem de ninguém. Sei muito bem me virar sozinho.

- Estou vendo. – Disse com ironia.

Virei e fui em direção a porta, mas ele foi rápido o bastante para fechar a porta e pegar em meu braço. Fiquei surpreso com sua ação e tentei falar algo, mas nada saía. Ele se aproximou de mim o bastante para que eu pudesse sentir sua respiração.

Próximo demais.

Eu comecei a suar, estava nervoso, como eu disse de algum modo Logan mexia comigo e eu tinha medo do que poderia acontecer se eu aceitasse esse sentimento. Seus olhos e sua boca tão convidativos, mas não. Eu não podia. Tomei coragem e levantei meu joelho o acertando bem no meio de suas pernas o que fez ele me soltar.

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