Only a bet

Capítulo 13

Olhei para o lado só para confirmar se Louis estava bem. Ele dormia com a cabeça encostada na janela todo torto, ajeitei ele no banco para que quando acordasse não ficasse com dor, e me surpreendi quando ele deitou em meu ombro e voltou a dormir.

Só percebi que também havia cochilado quando Laura veio me acordar, Louis ainda dormia em meu ombro. Mexi em seu ombro para acordar e ele abriu os olhos fazendo uma cara de quem não gostou de ser acordado. Adorável!

- Já chegamos. – Disse levantando da poltrona e andando no corredor até sair do ônibus.

- Bom, passaremos nossos três dias aqui. – Kadu falou. – Escolham o melhor lugar para armarem suas barracas, não muito longe do ônibus para não se perderem, quem quiser pode explorar a floresta, mas voltem antes de amanhecer.

- Era só o que me faltava. – Matteu reclamou. – Ter que ficar no meio do mato por três dias.

- Você poderia ter ficado em casa, não faria falta alguma. – Respondi.

- E você poderia ficar quieto antes que eu arranque seus dentes. – Rebateu.

- Ótimo, vamos ver quem realmente vai ficar sem os dentes. – O encarei.

- Sem brigas. – Laura se intrometeu me encarando. – Vamos escolher um lugar para acampar nesses três dias.

- Eu procuro sozinho.

- Esperem. – O professor disse chamando a atenção de todos. – Vocês terão que dividir as barracas, não tem para todos, ficaram de dois em dois. Meninos com meninos e meninas com meninas. Sem reclamações.

- Vai ser sorteio? – Maria perguntou.

- A critério de vocês. – Ele disse.

- Ótimo, já tenho minha dupla e vou ir arrumar minha barraca. – Peguei na mão de Louis e o puxei para a floresta.

- Quem disse que eu quero fazer dupla com você? – Ele puxou seu braço.

- Você não tem escolha, o único que tenta pelo menos ter uma conversa decente com você sou eu. A não ser que você queira passar frio você pode ficar sozinho.

- Ele pode ficar comigo. – Virei olhando para trás e dando de cara com Thurenne. – O que acha Louis? – Ele sorriu.

- Fala sério, eu só posso ter jogado pedra na cruz. – Suspirei. – O que você está fazendo aqui? Não cansa de encher o saco dele não? Já viu que ele não quer nada com você?

- Você quem pensa. – Ele olhou para Louis com um sorriso intimidador. – Não é, Louis?

Esperei o loirinho responder, mas ele não disse nada apenas ficou encarando o homem a sua frente.

- Foi o que pensei, agora me dá licença.

- Você vai se arrepender por isso. – Ameaçou me olhando.

- Quantas vezes eu preciso falar que eu não tenho medo de você?

- Veremos se não. – Disse e saiu.

Peguei minhas malas e a bolsa com a barraca para poder montar na floresta, passei por uma trilha e acabei encontrando um lugar plano e com o resto de alguns galhos indicando que alguém já tinha acampado ali e feito uma fogueira, coloquei as malas no chão e abri a da barraca para montar.

- Se você me ajudar vai ser mais rápido.

- Eu não sei montar isso.

- Eu também não, mas nós dois fazendo juntos podemos conseguir.