×noʎ ɹəʌo ɓʋıddıɹʇ×

2.3K 409 274
                                    

Ɨ₣ŦĦ ĆĦΔƤŦ€Ř

Jimin acordou no dia seguinte, logo se escorando na janela para ver se conseguia avistar Jungkook no quarto da casa vizinha, mas não obteve sucesso. Entretanto, ele sabia que veria o rapaz apenas algumas horas depois, na aula, o que já o deixava verdadeiramente animado.

E, ao mesmo tempo em que aquela confusão tão nova que eram os seus sentimentos o deixava angustiado, também o deixava com uma imensa expectativa.

Era tão estranho, principalmente para ele, estar fazendo aulas com pessoas tão legais em um lugar descontraído e divertido, além de poder estar sentindo um alvoroço enorme de emoções em sua cabeça, que ele podia jurar que ainda o deixaria tonto.

Mas ele sabia que aquilo era por estar gostando de alguém. Gostando de Jungkook.

Apenas não sabia se isso era bom ou ruim.

Esperar até o momento em que poderia, finalmente, dirigir-se à Moondust foi uma tortura. Essa que se intensificou após Yangmi ligar para o filho e dizer-lhe, com chateação, que demoraria um pouco para chegar em casa depois de uma consulta e levá-lo para a aula.

A única opção que Jimin tinha era a de pegar alguns pedaços do bolo que Mina fizera durante a manhã e tentar dormir na sala o resto do tempo. E, dessa forma, as horas pareceram passar um pouco mais rápido.

— Jimin... — Uma voz o chamou em meio ao seu descanso, enquanto toques leves eram dados em seu ombro. — Meu bem... Estamos um pouco atrasados.

Ao ouvir a última palavra, o menino se levantou do sofá em um único salto e, sem ao menos processar a imagem de sua mãe na sua frente, apressou-se em direção ao seu quarto. Trocou de roupa, calçou seus tênis e correu até o banheiro para escovar seus dentes. Quando ficou pronto, voltou agitado até a sala, onde sua mãe parecia descansar sentada no sofá, já pronta para quando o menino a chamasse.

— Estou pronto, mãe. — Jimin bradou, tentando não parecer tão animado quanto estava, para que ela não o estranhasse.

— Foi rápido! — Ela argumentou, porém, levantando-se e seguindo até a porta de entrada. — Eu estava buzinando lá do carro antes, mas você não veio, então decidi vir aqui te chamar.

Algum tempo atrás, Yangmi naturalmente pensaria que Jimin havia feito algo de ruim para si mesmo quando esses atrasos aconteciam. Era o instinto de mãe dela reconhecendo a fragilidade da situação de seu filho. Mas, naquele dia, ela não tinha mais esse medo tão presente. É claro, ainda haviam restos dele por aqui e por ali, que rezavam desesperadamente para que o menino não sofresse alguma outra recaída; mas eles não agiram no momento em que Yangmi buzinou várias vezes sem ter resposta — seu primeiro pensamento foi o de que ele estava ou fazendo algo em seu quarto ou, com sorte, dormindo.

— Eu não tinha nada pra fazer além de dormir. — Jimin esclareceu, como se pedisse desculpas por não ter ouvido as buzinadas provocadas pela mãe.

— Eu sei, meu filho. — Yangmi respondeu, entrando no carro. Quando estavam sentados em seus respectivos assentos, ela segurou o rosto do menino com delicadeza e continuou: — E fico feliz com isso. Quanto mais descansado, melhor.

Antes de soltar-lhe, Yangmi deixou que um sorriso sincero marcasse presença em seu rosto, vendo Jimin reproduzi-lo em seguida e ficando ainda mais feliz com aquilo. Ela poderia ficar horas e horas olhando-o daquela forma, e nunca se cansaria. Mas, sem vontade de atrasá-lo ainda mais, soltou-lhe o rosto e se ajeitou em seu banco, dando partida no carro e acelerando logo em seguida.

TRIPPING • jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora