×əʋoəɯos əʌo| noʎ ʋəɥʍ×

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€Ł€V€ŇŦĦ ĆĦΔƤŦ€Ř

Jimin não contou para ninguém sobre Jungkook.

Taehyung sabia, claro. E os outros do grupo também deveriam saber. Mas esconder aquilo de seus pais o estava incomodando; não necessariamente por estar apreensivo em relação a uma possível rejeição ─ que ele tinha quase certeza de que não aconteceria ─, mas por ter de guardar algo tão pessoal das duas pessoas que ele mais amava.

Além disso, Jimin e Jungkook eram amigos. E ele gostava de se referir ao relacionamento deles assim, uma vez que a amizade, para ele, é o mais importante.

Porém, seu amigo Jongin já havia se envolvido com ele de uma forma mais íntima. E ele não contara aos seus pais por não sentir a necessidade, aquilo não era tão real. Talvez, se fossem namorados, ele se sentiria mais impulsionado a assumir.

Desde que Jimin era pequeno, seu pai o explicava que a paixão e o amor são muito diferentes: a paixão é extremamente intensa e passageira, enquanto o amor é genuinamente mais forte, tendo chances de durar a vida toda.

─ Eu casei com sua mãe por impulso. Estávamos apaixonados, mas não éramos tão íntimos. ─ Resultados de uma noite de bebidas não devem ser julgados, pensava Jimin ao ouvir seu velho falar tal declaração. ─ Depois de algum tempo juntos, descobrimos os detalhes mais profundos um do outro. E assim soubemos que nos amávamos, mesmo a paixão já tendo ido embora.

Existiam diversas formas diferentes de se julgar o amor e a paixão. Entretanto, Jimin sempre achara a explicação de Dongsun tão certa que deixava seu pensamento pairar nos mesmos fundamentos. Por sinal, era delicioso imaginar as duas pessoas mais mágicas do mundo impulsivamente apaixonadas, logo aprendendo a se amar.

Jimin era amigo de Jungkook. E, torcia ele, sempre seria. Poderia subir um patamar na escala de "interesse romântico", mas o selo da amizade não deixaria de estar lá. Sem o tal selo, o relacionamento nem deveria ser concretizado, na opinião dele.

A única coisa que Jimin não entendia era o que mais sentia por Jungkook. Era um afeto tão forte que um simples "gostar" parecia ser pouco; era certo e sem muito desespero, então não sabia se deveria chamar de "paixão"; mas, ainda assim, "amar" parecia demais.

Três semanas já haviam se passado depois da festa de Jungkook. Depois de ele se assumiu ao mais novo, beijando-no pela primeira vez logo em seguida. E nada havia mudado: continuavam se encontrando na sala de aula, mantinham o contato físico que eles amavam manter e passavam as tardes de sábado na casa de Hyeri.

Na verdade, uma coisa havia mudado. Agora eles tinham uma hamster.

Jungkook a chamava de "filha", mas Jimin a chamava de "nossa hamster". Pode parecer a mesma coisa, mas, para Jimin, palavras que indicavam família eram fortes demais para serem usada em situações como aquelas.

Ainda mais com o garoto que ele estava... Bom, gostando muito.

Passavam os sábados brincando com Chohee, conversando sobre qualquer coisa para tentar se conhecer melhor, até que Jungkook deixava Jimin só na cama, colocava uma música qualquer de sua playlist e se sentava de frente ao computador para trabalhar nos currículos.

Os domingos eram reservados às famílias. Jimin ficava com os pais e Jungkook, com sua tia.

Outra coisa que mudou foi a forma como Jimin se referia à Jungkook. "Hyung", para ele, era um tratamento normal para se usar com o mais velho à essa altura do campeonato. Mas jungkook, durante a primeira semana, teve lá os seus ataques e surtos de enrubescimento.

TRIPPING • jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora