×ρʋıɯ ʎɯ ʋo sı ɥʇnoʎ ɟo ɹəʍod əɥʇ×

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Yangmi esperava por Jimin do lado de fora da Fire. Ao seu lado estava Dongsun. Do outro, a mãe de Jongin, da qual ela não se lembrava o nome.

Todos os três compartilhavam da mesma tensão: os pés não paravam quietos em um só lugar, o corpo trocava de base à cada dois segundos. Yangmi tentava roer as unhas em um momento, Dongsun segurava seu braço tentando fazê-la parar e eles repetiam os mesmos movimentos diversas vezes.

— Eles estão demorando... — Yangmi reclamou baixo, para o marido. Cada milésimo de segundo que ela passava se conseguir ver seu filho era uma tortura a mais.

— Eles já devem estar vindo. Agora mantenha a calma. — A mulher olhou feio para o marido, como quem diz "e dá para manter a calma?", antes que ele suspirasse e completasse. — Jimin vai se sentir pior se te ver assim...

Então, Yangmi parou. O menino já havia passado por uns maus bocados nos dias anteriores. E, agora, ela vinda busca-lo definitivamente, depois de anos vendo-o apenas nas férias curtas que ele tinha.

Dongsun também estava preocupado. Receber a notícia de que dois dos melhores amigos de Jimin haviam falecido havia doído; saber a forma como partiram foi pior; e pensar no estado de seu filho querido o destroçou.

Segurou a mão da esposa, tentando iniciar um exercício de respiração com ela. Não deu certo, no início, mas ela logo cedeu e começou a se acalmar.

Por Jimin.

Dali dois dias seria o funeral de Sungwoon e de Taemin. Jimin havia dito que não queria, de forma alguma, ir. Entretanto, os pais acreditavam que ele ainda estava por bater o martelo verdadeiramente.

Eles esperavam que o menino quisesse dizer suas despedidas finais. Não sabiam tudo o que Jimin havia presenciado no dia da tragédia, não sabiam que ele se culpava por tudo.

Ele era o culpado de tudo.

Contou aos pais, em um telefonema, que o professor Himchan havia dito, antes de um treino, que os dois rapazes haviam morrido na noite anterior. Então, apenas deu a aula normalmente, enquanto Jimin e Jongin forçavam-se ao máximo para não chorar.

Mas eles sabiam que não podiam deixar a aula. Não com aquela explicativa.

Depois de umas horas, o dono da Fire passou de quarto em quarto informando os detalhes que já se sabiam sobre a morte dos amigos. Ao chegar no quarto de Jongin e Jimin, perguntou se eles queriam ligar para seus pais, já que eram tão próximos dos falecidos. Eles, obviamente, disseram que sim.

E os pais, obviamente, decidiram que aquele lugar não era mais saudável para eles. Se é que um dia havia sido.

Yangmi pensou em se culpar. Sabia que o filho e quase todos os outros que lá estudavam tinham depressão. Sabia que uma parte tão grande quanto essa tinha ansiedade. E sabia que tinha deixado seu filho ir estudar lá ainda tão jovem, contrariando a vontade de Dongsun, que ainda achava muito cedo.

Mas ela decidiu não pensar daquela forma. Jimin implorou por dias, até chegou a chorar de vontade, quando passou na audição de dança. E aquele menino tão pequeno tinha um sonho que, para ela, estava muito bem definido.

Ele queria dançar para o resto da vida.

Demorou, mas Yangmi convenceu o pai do garoto, e Jimin foi convidado para dançar em lugares incríveis, com artistas incríveis, mesmo ainda tão jovens.

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