Caçada da caça

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Fui a escola normalmente pelos próximos dias, Dan ficara com minha tia/mãe e eu com o ódio deles. Dan estava órfão por causa da ganância de Nick e seus amigos, mas agora só haviam dois, Thiago e ele, meu trabalho ficará mais fácil. Decidida a avançar e sair da defenciva, comecei a ficar perto deles os rondando.

– Anjo por quê 'tá observando eles? - perguntou Marco curioso - Eles fizeram algo? Se sim resolvo agora.

– Não, só que o amigo deles, o Lucien - tentei dizer sem raiva - morreu e pensei que o Thiago 'tá bem abatido.

– A claro - suspirou levando a mão aos cabelos - o Thiago era amigo de infância, apesar de terem brigado eram bem próximos, se chamava de baka.

– Entendi - me virei novamente a ele - vamos pra casa? Você dirige hoje.

– Claro.

Fomos a casa dele, o deixei lá e voltei a minha. Sendo Thiago a Lucien próximos facilitara meus planos, usaria a possível culpa de Thiago e a transformaria em raiva de Nick. Peguei várias revistas e recortei letras como se faz com crianças pequenas e montei uma carta.

"Thiago, se recebeu esta carta eu estou morto. Eu estava desesperado por poder e reconhecimento de Nick, ele me levou a acreditar que se eu matar uma família inteira teria mais poder e ele pararia de me torturar - eu não tinha ideia se isso ocorrera ou não, mas ajudaria no ódio - e me concederia um pouco de liberdade. Nossa amizade era grande, me arrependo de morrer brigado com você, baka."

Com ela teria uma base para manipular Thiago, colocaria a carta discretamente para levantar menos suspeitas a meu respeito. Sabia que era errado, mas a raiva me consumia toda vez que olhava para o protetor da irmã de Dan. Era uma presilha de cabelo, os protetores em geral seguiam um padrão, todos prendiam ou cercavam uma parte do corpo, como meu colar, o relógio de Eliot, o bracelete de Dan, os anéis dos FN ou a presilha dela.

"Anjo estou gripado e com febre não vou poder ir na escola, tenha um bom dia, Marco"

"Ok - respondi - depois passo aí para ver como está"

Sai mais cedo de casa chegando na escola antes de todos, assim poderia colocar a carta no armário de Thiago anonimamente. E desse modo fiz, longe das câmeras que cercava a escola, o único corredor que não tinha era dos armários para guardar quase tudo neles trazendo menos responsabilidade para escola em caso de uso indevido. Foi fácil, ninguém, além de mim, era louco o suficiente para vir mais cedo a escola se estivessem estariam na biblioteca.

Observava-os de longe, Thiago pegou a carta e escondeu no casaco sem lê-la e Nick não notou, ele lamentará não se importar com seus subordinados. O medo não adianta totalmente, se não houver convicção o medo se torna ódio rápido. Os foices tinham somente dois integrantes, e esses não estavam unidos como deveriam, em tempos de guerra, mesmo sendo o agressor, se deve manter unido a seus aliados e observar seus inimigos. Dois fatores que Nick parecia ignorar.

– Está sozinha hoje Mei? - perguntou Ana - Desgrudou um pouco do Marco?

– Claro - ri com ela e respondi irônica - e o Juan nem gruda em você e vice versa.

– Vem com a gente, já é intervalo e você vai ficar sozinha.

– Ficar de vela com meu namorado doente, 'hum acho que não. Tenho outros planos.

Sai da sala e me direcionei a biblioteca, eu tinha certeza que Thiago iria lá para ler o recado que entreguei. Achei-o lá, sentado em uma mesa afestada, perto da janela, abrindo a carta e colocou-se a ler, não era tão grande logo terminou. Ao fim ele socou a parede pronunciando algo como "baka", seu apelido com Lucien, ele ficou possesso e foi tirar satisfações com Nick, tido estava dando certo os facínoras iriam se destruir pela desunião deles.

O segui até ele se encontrar com Nick, agiu friamente sem mencionar nada da carta. Thiago o seguiu o dia inteiro calado, e eu os segui de longe, até eles pararem em um corredor entre o pátio e os armários (sem câmeras no local) Nick prensou Thiago na parede segurou a gola de sua camisa com uma mão e a outra entrelaçou com a do subordinado. Nick soltou a gola e alisou o cabelo castanho e depois o moreno recebeu o mesmo carinho de Thiago, eu estava sem reação não sabia que eram gays, mas também não faria diferença.

Nick era um pouco menor, mas proporcionalmente forte. Era estranho, eu estava observando os dois caras que queriam matar todos em um momento íntimo, mas isso traria mais material ao fazer as cartas. Deixei os dois que estava se beijando e fui para cada de Marco, não importaria matar as duas últimas aulas, devia ver ele e depois por meu plano em prática.

Marco estava bem, só um pouco cansado e com febre, seus olhos estavam mais azuis também, sem o tom verde de sempre, talvez por estar doente. Contudo logo ficaria melhor. Fui para casa e fiz outra carta:

" Thiago, tenho que te avisar, mesmo que morto, que o Nick não é quem você pensa que é. Ele me usou, me batia e tinhamos um caso. Tenha cuidado "

Só pensei nisso, mas seria um tiro no espaço. Não sabia de nada além do que tinha visto, inventei tudo, se acertasse lucro, se errasse teria que aprender outro jeito de confrontá-los. Para meu azar eu havia errado, ao meu parecer foi um erro enorme, perdendo a confiança neste meio. Mas formas de convencer e persuadir os outros são infinitas, apesar de serem mais ligados essa ligação destruiriam mais fácil.

Caçadora de AsasOnde histórias criam vida. Descubra agora