Ordem a se seguir

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Depois daquele dia nenhuma das minhas noites foram tranquilas, sempre tinha pesadelos, mas não me lembrava de nenhum, simplesmente acordava no meio da noite desesperada. Em compensação os dias era melhores.

Houve mais uma morte, de noite perto de casa, corri para o lugar, mas não encontrei ninguém vivo. Tinha um garoto jogado chão, aparentemente da mesma idade que eu, cabelos ruivos e olhos azuis. Sua morte ocasionou do único corte que havia em seu corpo, no pescoço, seria um akuma branco que não devia ter matado ninguém, pois havia sangue por entre as mãos que seguravam o local ferido.

Como estava com minha espada nas costas fui procurar o assassino, corri por todos os quarteirões perto do ocorrido, mas nada. Também não sabia quem procurava, ninguém, ou nenhum akuma, sairia com a arma de um crime nas mãos depois de cometê-lo. Comecei a andar sem rumo, talvez uma mancha de sangue ajudaria ou alguém suspeito andando com uma espada nas costas.

Eu no momento me enquadrava como suspeita, se a espada não estivesse dentro de um protetor de taco de basebol. Estava com um moleton preto fechado, com capuz, mas quando me dei conta que precisava prestar atenção em cada detalhe a minha volta o retirei.

Passando perto de carrinhos de lanche avistei Marco com sua tia, que vieram me comprimentar e me convidar a lanchar juntos a eles, Marco estava um pouco sujo de katchup na calça. Sua tia pisara em um espirando nele enquanto andavam, por isso ele ganhou um sanduíche, como um pedido de desculpas. Me despedi, recusei o convite e continuei minha procura.

Encontrei três esquinas a frente o Adriano, pacificamente andando para algum lugar, resolvi segui-lo para conseguir alguma informação. Depois de 1 hora o seguindo já estava cansada e ele possivelmente sabia que eu o seguia, por isso diminuia cada vez nossa distância. Ele parou em um beco deserto, eu tinha minha espada na bainha em mãos e a bati na cabeça dele no momento em que ele se virou para mim. Adriano caiu no chão desacordado, devo ter batido no ponto certo, pois não tinha tanta força comparado a ele.

- John você pode me buscar? - perguntei ligando para Jonathan.

- Claro, mas por que saiu de casa à meia noite? - perguntou sonolento, percebi que já estava pegando as chaves.

- Vem que você verá.

Passados 28 minutos, eu havia contado não podia parar de pensar no ser desacordado aos meus pés, John chegou com a estrada. Me olhou em dúvida por um pequeno tempo, mas logo me jogou uma corda e me ajudou a amarrar o cara e pôr ele na carroceria.

- Explicações? - perguntou na metade do caminho de volta para casa - Pelo menos isso você me deve.

- Teve uma morte hoje - respondi sem sentimentos - eu procurava um assassino e este era um Foice Negra.

- Por que era? - indagou desesperado.

- Calma, eu não o matei. Era porque Nick morreu, sem líder sem grupo.

Seguimos até em casa, ele ainda desacordado, colocamos Adriano em uma cadeira. Depois de mais um tempo ele acordou, meio confuso, pois ria muito.

- Você é uma akuma? - perguntou entre as risadas.

- Eu pergunto - respondi fria, queria saber explicações - por que me seguia?

- Não a segui, nem sei se você é uma akuma.

- Sou.

- Isso vai ser divertido - respondeu ainda rindo.

- O que será divertido? Foi você que matou um akuma a mais ou menos uma semana?

- Não vou contar e foi, ou deve ter sido, não me lembro a data que eu mato traidores.

- Traidores? - perguntei colocando uma cadeira a frente dele e sentei nela.

Caçadora de AsasOnde histórias criam vida. Descubra agora