Pistas sobre os Eshys

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Gust havia passado o resto do ano pesquisando e em junho do próximo voltaria para passar as férias e me contar pessoalmente as suas descobertas. Dan estava crescendo bem, mas seu guia não modificara, as mesmas páginas em branco. As pesquisas de Gustavo poderiam me ajudar a entender melhor o guia que vinha conosco.

Na data estipulada Gust chegou, como seus pais haviam se mudado e Gabe, seu meio irmão, ganhado bolsa para lutar fora do país,  não tinha com quem ele ficar. Depois de insistir muito ele aceitou ficar na minha casa, Theo ficou com seus pais e visitava Gust todo dia. Marco não gostou muito da ideia dele ficar em casa, mas logo aceitou, eu passava mais tempo na faculdade e com ele do que em casa.

O pouco tempo que tinha livre entre os estudos, analisava minuciosamente a pesquisa que Gust fizera, era realmente impressionante, como que ter alguém em campo facilita as coisas. Haviam detalhes sobre a lenda de akumas, algumas nada relacionadas comigo, mas outras que se encaixavam perfeitamente no padrão. Uma delas me chamou mais atenção, que coincidentemente foi a que Gust se apronfundou mais.
" Seres alados sobrevoavam nossas vilas, alguns nos ajudavam, outros nos ignoravam, mas nenhum nos feriam. Ao passar dos anos alguns dele sumiam e os outro estavam com suas asas brancas manchadas de sangue, perto de suas costas. Tempos se passaram e cada geração que se passava mais asas escuras apareciam, eram poucos de asas brancas. Eles eram os deuses (kami) que nos guiavam, mas depois com suas asas negras ou vermelhas sangue se parecem mais com os demônios (akuma) que nos cercam, veem nossas dificuldades e não ajudam. Essa é a sina de quem quer ser kami, se tornar akuma."

Perguntei-lhe se havia mais coisas sobre aquela lenda, a única que expressava melhor o que pode ter acontecido. Seguindo a lógica do meu guia atual a lenda não estava errada, sendo então que existia somente Eshys brancos e ao passar do tempo a sede de poder ou outra qualquer causa fizeram com que uns matassem outros gerando os ditos akumas. Ele me entregou o trabalho dele, tudo relacionado àquela lenda, ao todo eram nove paginas, sete escritas a mão e duas de arquivos originais.

Resumidamente dizia que os Eshy, a raça de pessoas aladas com asas brancas, apareceu do mesmo jeito que sumiu, de repente. As pessoas próximas aos Eshys dizem tê-los vistos como humanos, mas nada de concreto. A conclusão formada por e pelo Gust foi a de que os Eshys que ajudavam humanos foram utilizados como experimentos para conseguir formar os protetores, o sacrifício para a evolução da espécie.

- Por que fariam isso? - questionou John, ele não se satisfez somente com resultado -  Não faz sentido.

- Faz sim - respondeu pacientemente Gust - Neste trecho "Houveram relatos de asas fossilizadas junto a prata na região próxima ao local indicado nas lendas, os corpos que a perteceram não foram encontrados. Em outro local pouco distante do anterior haviam esqueletos com semi-asas e prata no local.". Isso pode indicar os experimentos que fizeram para se consiguir ter o protetor, agora falta saber como ele funciona e por que que tem que ser prata.

- E por que falam tanto de prata, e o que o protetor tem a ver com isso?

-Simples - respondi no lugar de Gust - meu protetor é feito de prata, como todos os outro que tenho comigo, inclusive o do Dan também é. Nos levando a acreditar que estes objetos de prata tem relação com os Eshys ou Akumas.

- Mas assim só teriam akumas e não Eshys brancos.

- Por que diz isso? - perguntou Gust, ele era o segundo mais interessado nas descobertas, dentre os três eu era a mais.

- A cor das asas é definida pela carga de sangue que os akumas ancestrais acumularam, ou seja, não importa se mataram ou não os brancos não se culparam por matar então continuaram brancos, já os vermelhos se culparam perdendo o sangue e o passando até as atuais gerações.

Caçadora de AsasOnde histórias criam vida. Descubra agora