Cientistas maluca vem em casa

1.2K 108 1
                                    

Eu e Ana conversamos e como sempre me tranquilizou, apesar de não entender ela era a minha salvadora mesmo me conhecendo por pouco mais que seis meses. Eu havia tomado uma decisão, eu iria revelar meu segredo a ela, sem conhecê-lo ela me ajudara conhecendo-o seria melhor.

Segunda feira de férias, sem aulas e meu segredo sendo revelado a minha melhor amiga marquei com ela depois do almoço poderia falar com Jonathan sobre essa decisão. Não tinha falado com Marco desde antes do incidente do akuma, estava preocupada, mas precisava falar com outro humano alem de John sobre as asas.

– Boa tarde! – escutei quando a porta da frente subitamente abriu.

– Olá Ana, bom te ver – disse Jonathan – já almoçou?

– Sim, hãn... preciso falar com a Mei, acho que em particular e...

– A sim, ela está no quarto preparando o que para te mostrar.

– Você sabe o que ela quer me falar?

– Melhor você esperar pra ver, acredite em mim.

Escutei Ana vindo em direção ao meu quarto, mas eu estava muito ocupada pensando como contar tudo á ela. Decidi contar tudo primeiro e como último recurso mostrar minhas asas para mostrar que havia falado a verdade e não ser internada.

– Oie, o que você queria me contar com tanta urgência e não podia ser por telefone?

– Bom, hãn Ana eu sou... sou uma... uma akuma e...

– Como? Você é o que?!?!?

Eu expliquei tudo a ela, tudo o que eu sabia, inclusive as suspeitas na FN. Ela me olhava com uma expressão difícil de decifrar, parecia uma mistura de susto, indignação, confusa e até medo, talvez, ela me encarou assim por um bom tempo. Até que resolveu soltar sua primeira palavra diante daquilo.

– Então você é um anjo? Ou uma espécie deles?

– Eu sou uma akuma, não acho que esteja ligado a esse lado conhecido pela maioria. Mas espere você acreditou?

– E não era?!?! Você me liga quase meia noite, desaba no telefone e diz que quer falar comigo e é uma coisa séria, me conta essa história... Se for mentira – ela disse em um tom ameaçador – eu juro por tudo que acredito que te atiro do alto da escola.

– É verdade, juro pelo meu protetor.

– Beleza, mas então posso ver uma coisa, tipo sua asa?

– P-pode, iria te mostrar se não acreditasse mesmo.

– Ta, mas espera um pouco.

Ela pegou o celular e começou a digitar, olhava intrigada para ele como se ele a desafiasse. Ficou olhando para ele por um bom tempo, digitando, lendo, quando se desligou da tela e olhou para mim parecendo absorver todas as informações.

– Pelo o que eu vi akumas são demônios das lendas japonesas, contadas para crianças...

– Que lindo sou uma lenda infantil que pode ter matado outra lenda.

– Você ainda acha que matou Eliot?

– Eu não sei se tirar o protetor conta como assassinato.

– Bem depois descubro, então voltando, são lendas antigas e tratadas com figuras de monstros ou demônios. Não entendo você tem asas como pode ser um demônio?

– Anjos caídos, não? Mas se todos são akumas – dissemos juntas - todos são anjos caídos.

– Viva – exclamei – sou um anjo caído que tenta proteger outros e não consigo.

Caçadora de AsasOnde histórias criam vida. Descubra agora